domingo, 9 de setembro de 2012

O Globo da Morte



Vivemos na corda bamba sobre um abismo,
Onde o homem faz malabarismos
Para equilibrar-se entre o bem e o mal.
Mascararam a justiça e a moral...
O homem cai nas garras da violência,
Do crime organizado e da corrupção.
Falham os braços da lei, na incompetência;
No abismo não há rede de proteção!
A plateia, entretanto, alheia ao drama,
Ri com os palhaços, que a atenção lhe chamam,
Para o ilusionista a tirar coelhos da cartola;
Pra que não pense na decadência da Escola,
Ou nos que morrem nas filas de hospitais...
E anunciando a atração principal,
“A promessa do melhor” soa bem forte:
“Respeitável público!... Eis o globo da morte!”
A plateia espera com emoção... em suspense!
O espetáculo vem logo, antes que pense:
Mundo... Globo da Morte onde se arrisca a sorte;
Onde se arrisca a vida em torno ao vil metal!
Perigosamente a girar, buscando o prumo
Para o equilíbrio entre o bem e o mal.


Zulma de Bem

Imagem: Google

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Um comentário:

  1. Pôxa, Zulma, parabéns pela qualidade do texto, escreveste com o coração. Profundo, atual,reflexivo. Muito bom!

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