terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Dualidade





Tão estranho estar,
Na linha da dualidade.
Ora em paz,
Ora tormenta.

A pele, a face, o sorriso,
Espelham um bem-estar
Amplo, belo, suave, acalentador.
Mas, por dentro...

Ser quebrado,
Desiludido, perdido...
Vontade de sair correndo,
Gritar, quebrar coisas...

Assim como o próprio coração.



 Luana Jenifer
Imagem: revistamonet.globo.com

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A Palavra



A Palavra

A palavra tem poder
Constrói pontes
Ou destrói cidades
Coroa ou destrona líderes
A palavra pode incendiar
Queimar e matar
Pode perdoar ou vingar
Elevar o ego ou machucar

Antes do ato, vem a palavra
“Fogo!” e o fuzil detona
A caneta ou o computador
Escrevem...  e o ato acontece.

A palavra tudo pode
A palavra é arma
Incendeia amor ou ódio
Constrói ou destrói
Antes do ato, vem a palavra
A palavra coroa ou destrona
A palavra tem poder
A palavra é deusa.

A palavra-duende à morte transcende.


Liti Belinha Rheinheimer
Imagem: Diocese de Campina Grande

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Águas de verão


"De repente o céu fecha para balanço!
São Pedro embala-se em uma
Cadeira...
Manda uma brisa ligeira
Move nuvens, esconde
O Sol...
Sol...intenso, céu imenso...
Fica cinza degradê
Até onde o olho vê...
Lembro de você!
Que gosta muito de chuva..."

Eloisa Moura






Águas de verão


Ao fechar de um ano e nascer de outro parece que  são renovadas todas as esperanças.
Novo ano, novas ideias, novos dirigentes.

Novo ano , velhos sonhos.

Tivemos muitos fantasmas a atormentar nosso dia a dia vendo crescer o desemprego; recessão na economia, filas pela saúde, pela escola, pela segurança com violência crescente; educação para jovens com futuro comprometido. Até nos rebelamos!

Mas sabemos que dentro de cada um existe o desejo de lutar, de acreditar na força em construir um lugar digno para os milhões de jovens que precisam de um futuro e  para viver, seu lugar para amar e para crescer.

Então, vamos mais uma vez acreditar e unir forças para não sucumbir ao turbilhão das tempestades que já deram sinais, parecendo querer sacudir até as bases.

Esperar pelas águas de verão, mais amenas, mas mais férteis.Que permitam às sementes ficarem na terra para germinar.

Tomara àqueles a quem foi entregue o rumo e destino de nosso desenvolvimento tenham uma gestão profícua  como governantes, que sejam suas administrações baseadas em princípios que orgulhem a todos, incentivando o crescimento do bem comum e aumentando a crença e fé no torrão natal.

Que volte a nossa alegria de criança, inundando a alma de sorrisos de um banho de chuva, quem sabe até de mangueira?

Desde que sejam amenas águas de verão.

Renate Gigel
Foto: Arquivo pessoal.