domingo, 29 de julho de 2012

"Periguetes"



Ao alvorecer, num domingo, o sol irradiava seus primeiros raios entre as nuvens, os primeiros botões de rosa desabrochavam, assim como as bergamotas amadureciam: uma vista de árvore de Natal. O dia prometia...

Raquel agradeceu a Deus por este dia maravilhoso. Está na hora! Vou tomar café e ler meu jornal. Ele me traz uma excelente oportunidade de estar envolvida com as notícias e com meus neurônios. O telefone tocou...”Quem será?” perguntou-se Raquel.

-Bom dia, Raquel, e que dia! Gostarias de ir a Porto Alegre comigo? Hoje virão os Papas da Língua, com início às 21h e término à uma hora. Vem à minha casa almoçar, pois meu filho virá como todos os domingos.

- Sim, estarei para combinarmos o passeio. Até , Rute.

Depois do almoço, o filho de Rute foi ao jogo.

-Rute, sei. Vou enrolar meus cabelos para ficarem mais ondulados e sedosos. Vou usar meu vestido de florzinhas multicores até os joelhos, que, apesar da artrose, são lindos. Os brincos, achei-os iguais àqueles das moças do programa da TV. Os sapatos serão azuis para combinar com minhas unhas. E tu, Rutre?

-Começando pelos meus cabelos, vou prendê-los como um rabo preto e brilhante dum cavalo árabe. Uma calça bordada com cristais nos bolsos, uma blusa de oncinha marrom com fundo amarelo e “aquelesapato. Também não é à toa que frequento uma academia! O reumatismo que se dane...

À noite, a lua crescente viu-as entrarem no carro. Fizeram uma oração, pedindo a Deus e a Jesus que as acompanhassem na ida e na volta do passeio.

Finalmente chegaram, apesar de o trânsito ser melhor aos domingos. Acharam uma vaga para estacionar no pátio do clube.

- Olha , Rute, que rapagão. NOSSA! Mas que carro! Eu tenho certeza que vou sentar nele.

Entraram e fizeram sucesso: fila para dançar com elas. Quando foi sentar à mesa, Raquel viu o rapagão do outro lado do salão. Não perdeu tempo, pediu ao garção para entregar um bilhete para o rapaz mais bronzeado entre os outros,

O rapaz pareceu feliz com o recado dela. Depois de algum tempo, ele disse:

-Você dança como uma bailarina profissional e tem um corpo escultural.

-Meu filho, que foi transferido para Caxias como engenheiro, diz o mesmo para mim.

- Eu ouvi direito? Minha mãe me perdoe não tens espelho em casa SUA VELHA Periguete? sussurrou-lhe o rapagão. Mas, como era educado, levou-a até a mesa.

-O que foi, Raquel? Estás com os olhos marejados de água.

-Ah Jesus, Maria, José!, “ele”, o rapagão me chamou de “velha periguete”.

-Te consola, Raquel, pois o meu me chamou de corruptora de jovens.

estava terminando o show e assim não teriam atropelos para sair de .

- Rute, vamos sair com a cabeça erguida e não iremos contar aos nossos filhos nem lastimar nosso passeio a Porto Alegre. Não nos arrasemos, pois pelo menos dançamos com nossos heróis e enquanto outras ficaram sentadas mastigando toda a noite, engordando, nós emagrecemos. Viva a Terceira Idade!


Dulce Pacheco

Imagem: Google

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domingo, 22 de julho de 2012

A Missa


Após o baile, um encontro!
Como é domingo, a missa
Une o casal de apaixonados.

Em silêncio, ajoelham-se
E parecem rezar com devoção,
Logo, mãos entrelaçam-se.

O que se passa na cerimônia,
Para os dois, fica sem importância.

Com a bênção e o perdão do Pai Celestial,
A emoção de estarem juntos, é divinal


Terezinha Brandenburger
Imagem: Google
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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Problemas ou Desafios?

Em seu livro "Alegria", Osho afirma que a iluminação é o profundo entendimento, que não existem problemas.
Achei essa afirmação absurda no momento em que a li algum tempo atrás, mas seguidamente esse assunto voltava à minha mente, e os últimos acontecimentos me fizeram entender o que ele brilhantemente pregava.
O que nós batizamos de problemas teria uma denominação mais apropriada se chamássemos de DESAFIOS.
Todas as adversidades e obstáculos que encontramos em nosso caminho, se os vermos como desafios, deixarão de ser problemas.
Eu sou desafiada a fazer duas cirurgias num ano, ficar internada em hospital público e sair inteira delas. Eu poderia ter tido dois grandes problemas. Mas fiz de conta que estava fazendo um retiro num hotel cinco estrelas e tendo oportunidade de conhecer novas pessoas e me tornar PHD em diverticulite. Então, esses problemas foram transformados em desafios e superados com louvor.

Se você acreditar que problemas não existem, conseguirá usar uma bolsa de colostomia por nove meses e só tirar boas lições disso.
Em nosso dia a dia, deparamo-nos com muitos supostos problemas: é a atendente do órgão público que logo de manhã já nos presenteia com seu mau humor e não nos ajuda em nada. Pessoas destemperadas e imaturas que são estúpidas de uma forma gratuita, a vendedora que, ao invés de nos dar atenção, fica conversando com a colega...e inúmeras outras situações, corriqueiras ou mais sérias, que poderemos ter a sabedoria de transformar em desafios.
A grandeza está na forma que encontramos para transformar para o problema em desafio.
Se ficarmos sentadas, chorando, porque estamos enfrentando uma situação "diferente", aí teremos um grande problema. Mas se você encarar tudo como um grande desafio, estiver sempre "desarmada", acreditar que a pessoa que está na sua frente também é um filho de Deus e ver tudo como uma grande brincadeira, o teu crescimento e tua superação serão como medalhas conquistadas por honra ao mérito.
 Deixe de olhar somente o lado sombrio dos acontecimentos, aprenda com as plantas a crescer em direção a luz e você terá dado o primeiro passo em direção a SABEDORIA.
Deixo, então, com você a liberdade de escolha: Você quer ter PROBLEMAS ou DESAFIOS?
Aida Pietzarka
Imagens: Google
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terça-feira, 17 de julho de 2012

Assembleia da Alvales: Julho 2012

No dia 14 de julho de 2012, aconteceu a Assembleia da Alvales que teve dois pontos importantes: A eleição e posse da Diretoria para o biênio 2012/2014 e a admissão de Aida Pietzarka como membro da Academia.
A nova Diretoria da Alvales ficou assim constituída: Presidente: Renate Gigel; Vice-presidente: Cármen Gomes; Secretária: Marli Leiria; Secretária adjunta: Jussara Petry; Tesoureira: Terezinha Brandenburguer; Tesoureira adjunta: Aida Pietzarka; Diretora do patrimônio: Dulce Pacheco. Seguem fotos.

Diretoria da Alvales

Dulce Pacheco, Jussara Petry, Marli Leiria, Terezinha Brandenburguer, Renate Gigel, Cármen Gomes, Aida Pietzarka

Marli Leiria, Terezinha Brandenburguer, Renate Gigel, Cármen Gomes

Dulce Pacheco, Jussara Petry, Marli Leiria, Terezinha Brandenburguer, Renate Gigel, Cármen Gomes, Aida Pietzarka


Admissão de Aida Pietzarka como associada da Alvales

Nas fotos abaixo, o momento da posse, quando a Presidente entrega para Aida o pink da Academia e flores.



Foto da presidente com Mardilê Friedrich Fabre e Nícias Sauer


sábado, 14 de julho de 2012

Amores de Alto Risco




Amor em brasas
Abrasa
Fagulhas em chamas
Inflama em centelhas  de  flamas
Limiar entre a angústia e a loucura
Amores de alto risco
Imprevisível
Inconcebível
Ardente
Al dente
Assim tão de repente
Tal  qual presente
Do amado em caminhos de volta
Depois de longo período ausente
E quase já não se sente
Mesmo quando no fio da navalha
Sangra o sangue ainda quente
Tal qual estrela cadente
...Candente
Risca em altos mares
Amores de alto risco




Jussara Petry

jbpetry©

Imagem: Google

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quarta-feira, 11 de julho de 2012

O Baile



A noite era primaveril!
E uma orquestra tocava suavemente:
É tão calma a noite”.

Pares de olhos se encontraram,
Num animado salão de baile
E não mais se desviaram.

Ela parecia  total hipnotizada,
Ele, com igual emoção contida.

Quando enfim, enlaçados bailaram
Dois corações apaixonados dispararam.


Terezinha Brandenburger

Imagem: Google

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sábado, 7 de julho de 2012

Direitos

Aquário-Freedon
O sentimento conduz à razão
a ideia comanda o papel
o início tem direito ao final
o espelho direito ao feio belo parecer.
O perfume, o direito à efeméride da lembrança
o , o direito ao trajeto da dança
a mão, o direito ao toque
que abre
que fecha
que alcança...
O direito da boca é a palavra
o direito da palavra é o silêncio
o direito da vida é a morte
o direito da morte é renascer
o direito do ensaio é o ritual
o direito do cio é o desejo
o direito do vento é o assobio
o direito da pele é o arrepio...
A libidodireito ao prazer
liberdade, direito da escolha
da quebra das regras
a escolha o direito do acerto ou do desacerto...
O direito da ausência é a vontade de ficar ou de não ir
o direito da falta é a saudade
a lágrima é o direito da dor
o riso é o direito da graça...
E, quando água,
o direito de ser mar
é jamais
ter o direito de voltar a ser rio...


Jussara Petry

Imagem: Google

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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Noites de Inverno

Vermelhas labaredas a crepitar,
lânguido e longe o olhar...

Pelego jogado,
corpo atirado,
parece esperar.

É a noite,
o vento em açoite,
a castigar.

Parece que a alma,
nem sempre tão calma,
está a clamar:

Me aqueça,
me abrigue
 me envolva,
  me instigue!

Venha,
venha em chamas,
envolver e amar.
Renate Gigel
Imagem: Google
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