domingo, 30 de setembro de 2012

No Coração do Brasil


Águas quentes e cristalinas
Serpenteiam entre as pedras
E deixam no ar um suave murmúrio
Que se une ao farfalhar das árvores
E transforma-se numa doce canção de ninar.

Os pássaros chilreiam desde o amanhecer
Até o sol esconder-se, quase sem aparecer,
Mas sem nunca deixar de gorjear.

Andar pelos caminhos à noite,
Ouvindo a sinfonia dos grilos,
O coaxar dos sapos,
E ver de perto, o pisca- pisca dos vaga-lumes
É um espetáculo mágico, que a natureza,
Em parceria com o homem, pode nos oferecer
No Rio Quente, em Goiás, bem no coração do Brasil.

Terezinha Brandenburger
Imagem: Google
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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Escola no Novo Milênio

       

        A ciência e a tecnologia avançam a passos tão rápidos, que a era da informática, ao chegar, encontrou uma escola despreparada para recebê-la;cada vez com mais dificuldades em competir com a  televisão, “educadora absolutaem tantas famílias onde, pai e mãe não têm mais tempo para os filhos, ou estes não são prioridade.
A escola precisa instruir-se e aparelhar-se para evoluir, lado a lado com essas maravilhas que trazem o progresso; porém tem a obrigação de saber separar o “joio do trigo.”
O novo milênio trouxe consigo a pressa que toma conta das pessoas. Nãomais tempo para sorrir; para conversar; olhar nos olhos; dar um abraço.. e muito menos, para dizer: “Eu te amo!”
Os jovens trancam-se num quarto e ficam durante horas na internet, a conversar com amigos virtuais, num mundo à parte que pode ser muito perigoso. E o que é mais preocupante, em tantos casos, totalmente desconhecido para os pais.          
A informática substituiu as pessoas em muitas atividades, porém, jamais poderá substituir a família e os professores!
Compete à escola do novo milênio, não permitir que o indivíduo seja suplantado pela máquina ou que nela se transforme. A escola tem como missão formar cidadãos e não, fabricar robôs.
Para isso, entretanto, precisa ser valorizada, precisa repensar a prática de ensino, abrangendo a comunidade familiar, a fim de poder acompanhar a corrida vertiginosa dos novos tempos, empenhando-se no resgate dos valores éticos e morais.
Nós, educadores, queremos, em meio a esse turbilhão de informações; em meio a esses “enlatados” importados, que os induzem, sutilmente a digerir, ver surgirem homens e mulheres com discernimento, sabendo usar para o bem essas maravilhosas tecnologias mais avançadas; valorizando-se como seres humanos, com consciência de sua cidadania, amando e respeitando o próximo, a família, a pátria...
Tenho esperança, nesta nova era, que as famílias e os educadores se empenhem com muito amor, fazendo  fluir nos educandos esses valores que lhes são intrínsecos!
O maior dos pedagogos que este mundo viu: Jesus Cristo, haverá de inspirar-nos para que sejamos verdadeiramente apaixonados pela missão que nos foi confiada!
Assim, juntas, família e escola, poderão formar, neste novo milênio, seres humanos mais próximos daqueles que Ele idealizou.

 Zulma de Bem

Imagem: Google

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Primavera Apressada

Foto: Mardilê Friedrich Fabre

Pelo calendário oficial,
Ela se adiantou.

E coloriu
Os caminhos,
0s jardins,
As ruas.
De todas as cores,
Azaleias,
Três-marias,
Ipês...

Antes da hora?
Que seja,
O que importa?
Que o perfume, encante e deleite,
A quem quiser apreciá-la,
Antes que a chuva “abençoada“, a desmanche!


Terezinha  Brandenburger
Imagem: Google
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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Rio Grande do Sul



                                   
Querência linda, valoroso pago;
Estância, de onde São Pedro é o patrão.
O teu povo amigo e hospitaleiro,
Sorve, no mate, a passar de mão em mão,
A seiva da amizade, trago a trago.

Meu Rio Grande do Sul, pago gaúcho
De povo guapo; rincão brasileiro,
Que honra e cultua a sua tradição.

Ainda hoje, na vida do campeiro,
Revive os mesmos costumes do passado:
Pilchas, chimarrão, pingo encilhado;
Cambona chiando no fogo de chão.

E recordando, do Farrapo, a saga,
Enche-me a alma de grande emoção;
Chama de amor que aquece o coração;
Chama crioula, que jamais se apaga!


Zulma de Bem

Imagem: Google

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Lembranças


Woman and the red shoes

Lembranças
Memoráveis obeliscos
de nossas vivências
em saudosas galhardias
inspiradas em influxos poéticos e místicos...
Dança acompanhada de canto
Doce fruto de raros momentos
requebrando em langor
rente aos nossos olhos,
quando a ausência não é mais do que uma mera palavra.
Algumas
com os olhos acariciarei
Outras
com as mãos afagarei
Outras tantas
acolherei por mais algum tempo ainda.
Das raras não me despedirei
A poucas direi adeus.
E, a grande vasta maioria,
guardarei em meu coração.
Todas relembrarei
quando a saudade insistir.
Sublimá-las-ei quando não mais me for permitido senti-las
Acalentá-las-ei quando em sua generosidade comigo restarem.
Vivnciá-las-ei enquanto assim ainda as merecer
E a nenhuma negarei...
Minha irrestrita saudade.



Jussara Petry

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domingo, 9 de setembro de 2012

O Globo da Morte



Vivemos na corda bamba sobre um abismo,
Onde o homem faz malabarismos
Para equilibrar-se entre o bem e o mal.
Mascararam a justiça e a moral...
O homem cai nas garras da violência,
Do crime organizado e da corrupção.
Falham os braços da lei, na incompetência;
No abismo não há rede de proteção!
A plateia, entretanto, alheia ao drama,
Ri com os palhaços, que a atenção lhe chamam,
Para o ilusionista a tirar coelhos da cartola;
Pra que não pense na decadência da Escola,
Ou nos que morrem nas filas de hospitais...
E anunciando a atração principal,
“A promessa do melhor” soa bem forte:
“Respeitável público!... Eis o globo da morte!”
A plateia espera com emoção... em suspense!
O espetáculo vem logo, antes que pense:
Mundo... Globo da Morte onde se arrisca a sorte;
Onde se arrisca a vida em torno ao vil metal!
Perigosamente a girar, buscando o prumo
Para o equilíbrio entre o bem e o mal.


Zulma de Bem

Imagem: Google

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Doces Fantasmas


Portraits - Viktor Sheleg

Sonolenta e calma em pleno adormecer do dia,
abrem-se vãos em mim para os fantasmas que se fazem meus,
permeando as quatro paredes do caos do meu quarto...
Cega à razão, pelas frestas dos meus olhos, saúdo figuras luminosas que se aconchegam na escuridão.
A elas me entrego
Com elas me espalho em desmedidos vôos...
E, neste fascínio,
arrebatam minhas melhores lembranças
amores adormecidos, loucos, reais
imagináveis e possíveis
antológicos e por vir
dos paradoxos que compõem o imaginário do meu ser...
Com elas folgo contente até amanhecer.
Às vezes até choro
e, neste jogo lúdico,
pinto e bordo
desejos imaginários para sentir
quando reencontrar novamente meus fantasmas reais,
as fantasmagorias do meu ilusório encantamento.



Jussara Petry

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domingo, 2 de setembro de 2012

Azul


O céu fica lindo, quando está azul.
Azul... é raro nosso mar estar,
O horizonte, longe,parece ser azul.
Azul... é uma noite enluarada.

Sonhei, com um Danúbio mais azul...
Azuis... deveriam ser todos os rios.

Minha cor favorita é o azul.
Azuis eram os olhos de meu pai
E foram a herança que dele recebi.
Com eles vislumbro este mundo maravilhoso,
Que, para mim, parece  sempre azul!

Terezinha Brandenburger
Imagem: Google
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