sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

O amor é doação


        

        Assim eu entendo o amor em plenitude! Ele faz com que a felicidade de um seja refletida nos olhos do outro; ensina a trocar confidências; dividir preocupações, sonhos e alegrias; mostra que é possível superar juntos, dificuldades, erros e limitações... e faz entender que, como seres humanos, somos imperfeitos e erramos, e magoamos, muitas vezes, a quem mais queremos bem!

       Acredito que Amar em plenitude, é sim, ter a humildade e a grandeza de pedir perdão e que é possível sempre sermos pessoas melhores.

        É verdade que um amor assim, infelizmente é incomum. É difícil de ser concretizado, porque, na maioria das vezes, os dois não olham na mesma direção... Entretanto, não é impossível, não é utopia! Quando vi, na igreja, um casal celebrando os seus 63 anos de casamento, fiquei emocionada ao vê-los renovarem os votos que fizeram diante de Deus há 63 anos! Lá estavam celebrando com eles, quatro gerações de uma linda família que construíram.

        Ora nesses 63 anos... Uma vida!... Com certeza houve momentos difíceis, em que teriam precisado MÚTUA compreensão, respeito, tolerância, renúncias, desapego do “Eu”.Tudo isso somado = amor!

       Graças a Deus, há muitos outros exemplos assim, de pessoas que se escolhem para formar uma família e optam por ser felizes... Porém, ser feliz não significa ausência de cruz, mas esta se torna leve, quando ambos olham na mesma direção, buscando a luz do Amor Maior.

       Quando o essencial é esquecido, o amor enfraquece; e aos poucos vai sendo sufocado, e finalmente, substituído pelo egoísmo, pelo sentimento de posse, pela intolerância...

      Quando o essencial é esquecido, o amor é facilmente confundido com a paixão, que é cega e avassaladora como uma tempestade, mas vai embora, deixando rastros de destruição. O amor é como o sol, que volta a brilhar mais forte, depois que passam as nuvens escuras; é como o orvalho das manhãs, que se renova a cada dia, umedecendo a terra, para que as flores não percam a sua beleza; nem os frutos, o seu sabor.

       O amor, na sua plenitude, não é sentimento; é doação, porque nos foi doado por Deus.

      (Embora eu haja discorrido especificamente sobre aqueles que se escolhem para formar uma família, creio que este amor em plenitude, nos foi “doado” por Deus, para que sejamos capazes de ver os nossos semelhantes, assim como Ele os vê!)

Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas, vos serão dadas por acréscimo! Lc. 12,31


Zulma de Bem
Imagem: Fé com virtudes & Doutrina católica


sábado, 10 de dezembro de 2016

Os Natais de outrora



Em uma grande área arborizada que meus avós tinham, havia diversas trilhas, e nós a chamávamos de mato e era ali o nosso reino encantado e próximo a ele, tinha até uma cabana onde morava um velho maltrapilho e cabeludo, que nos enchia de medo, mas ao mesmo tempo, fazia subir a nossa adrenalina.

Brincávamos muito em seu interior e conhecíamos cada recanto seu e fomos alertados que havia uma parte do terreno que não deveríamos pisar, pois era de areia movediça. Tinha lá muitas goiabeiras, pés de araçá, moranguinhos silvestres e outras.

Neste paraíso da terra, quando chegava a véspera do Natal íamos fazer um piquenique. Levávamos galinha com farofa, limonada, doces e outras comilanças que nos preparavam e lá permanecíamos até o entardecer.

O nós que eu falo, eram os primos e a gurizada da vizinhança. Ao entardecer, voltávamos para casa e nos deslumbrávamos, pois o “Papai Noel“ havia decorado os “pinheiros“. Por muito tempo, acreditamos que era assim mesmo, até que os mais expertos nos tiraram esta ilusão.

À noite, com os pais, íamos pela vizinhança, e em vez de peru e champanhe, comíamos doces pintados e refresco de framboesa.

Na manhã do dia seguinte, acordávamos com os presentes ao redor do pinheiro, que, por sinal, eram poucos e íamos para a missa.

Contudo, com poucos presentes e sem as ceias requintadas de agora, sinto saudades dos Natais de Outrora.

Terezinha Brandenburger
Imagem: Simbolos



sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Forever



Tudo assim diferente, pessoas, gente...
Parece que algo mudou
Algo se reflete no semblante.
Lágrimas, sorrisos, abraços...
Até aqueles um pouco distantes.
São coisas do menino... me parece que é divino.
Árvores enfeitadas, guirlandas,
Luzes que acendem apagam,
Bolas, presentes correntes
Fazem tudo ficar diferente.
Aliás, eis que chega o Natal
Nada pode ser como ontem.

Natal muda todos, ontem, hoje... sempre!

Máyra S. L. 
Imagem: Big 1 News