quinta-feira, 31 de julho de 2014

190 Anos de Imigração Alemã







Busco traçar paralelos entre os idos 1824 e muitos anos depois em que aqui cheguei.

Deixo-me levar por lembranças que vêm desde o embalar de ondas no mar, de um mar sem fim, ao que parece, e da ansiosa expectativa de ver a costa que se aproxima.

É um misto de emoções fortes e que duram, penso eu, até o fim da existência de cada um que vivenciou a partida, carregada de antecipada saudade do que vai deixar para trás e da inquietude de ir para o desconhecido. Ficam amores e cores, vão baús e sonhos.

O que será que sentiram os que tiveram que enfrentar uma natureza tão agreste e de onde tinham que tirar seu sustento? Como puderam passar aos filhos a segurança e abrigo se tantos momentos de desolação os alcançavam? Será que a busca de uma nova vida, no novo mundo, seria uma feliz escolha ou uma batalha? Quantos vieram em busca do paraíso?

Os longos anos de colonização deixam respostas que ainda encontramos no dia a dia, olhando a edificação de cidades, onde os vestígios arquitetônicos ainda demonstram a força de quem esculpiu as primeiras toras. As torres das igrejas ainda despontam entre os arranha-céus, documentando a fé que os norteou e não permitiu que fraquejassem diante das dificuldades.

As escolas são símbolo de sua convicção de que para o homem ser completo a educação é imprescindível.

Os jardins cuidados, as flores, o pomar, o cultivo da música, da arte manual e da preservação da reunião da família ao redor da mesa são marcas indeléveis no cotidiano de tantos que podem chamar de seus ancestrais a estes destemidos construtores de uma nova vida, uma nova era, uma nova pátria, que aprenderam a amar intensamente e lhe legaram seus filhos e seu trabalho.

Parabéns!

190 anos de história.

 

Renate Gigel
Imagem: Google


domingo, 27 de julho de 2014

Alvales

Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos






Academia de pessoas que amam as letras.
Aproximação  de apaixonados em escrever.
Adeptos desta arte, nela são bem acolhidos.
Abnegados a criaram, inovadores a conduzem.
Antologias  organizar,é um dos seus objetivos,
Arrebanhar  talentos escondidos, é outro.
Aderir ao nosso “Blog” é rejuvenescer.


 


Terezinha Brandenburger

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Devolvam-nos as nossas avós


   


      - Vó, posso dormir na sua casa?

- Neste final de semana não, pois vou ao baile com minhas amigas.

Algumas décadas atrás nunca se ouviria um diálogo assim, entre uma menina e sua avó com mais de oitenta anos.

Onde foram parar nossas avós?

Aquela avó "mãe com açúcar", na casa da qual podíamos chegar sem avisar, em qualquer dia, a qualquer hora e a avó estava ali, tricotando uma manta para seus netos, ou um pulôver, ou ao redor do fogão, preparando guloseimas deliciosas, contando com a chegada de um filho ou neto.

Aquela avó que era o ponto de equilíbrio da família, a matriarca, o modelo, com quem todos podiam buscar aconchego, carinho, colo.

A avó, que tinha sua cadeira de balanço na sala ou na cozinha, ao redor do fogão a lenha e que era seu palco para contar histórias, de conversar sem pressa e sempre ter um bom conselho para dar.

Com a era moderna, a globalização, as famílias, tendo cada vez menos filhos, e as mulheres, tendo que trabalhar fora, as avós foram ficando sozinhas mais cedo e na busca por soluções, surgiram os bailes para a terceira idade, cursos de informática para idosos, que foram reintegrando à sociedade, pessoas que já estavam inativas, o que contribuiu para uma maior longevidade, idosos mais saudáveis, mais produtivos.

Isso tudo foi muito positivo sob um ponto de vista, mas tirou nossas avós de suas casas e levou-as para a rua, para os salões, levando junto com elas, o equilíbrio das famílias, o modelo de lar, o refúgio, o colo.

Os filhos, que já haviam perdido suas mães para o mercado de trabalho, assistiram também suas avós vestirem minissaias, calçarem salto alto e irem viver intensamente a última fase de suas vidas, quiçá vivendo até um grande amor na maturidade.

Tempos modernos, novos conceitos, mas que deixa uma cicatriz profunda na base das famílias.
 
Que sejam felizes, que vivam plenamente, mas guardem um pouquinho de tempo para serem avós de nossos filhos. Eles merecem.

Aida Pietzarka
Imagem: Google


quarta-feira, 16 de julho de 2014

A mente e a caneta







Com a caneta escrevo

Tudo o que eu vejo

Em papel branco

Tudo o que desejo

Tudo o que eu sinto

 

Escrevo o bem

Escrevo o mal

Luzes que se acendem

Numa escuridão como tal

E a caneta escreve...

 

Verdade feliz

Saudade dolorida

Triste como uma flor só

Que no campo está florida

 

A mente que comanda

A caneta com sua tinta

Com a mão escreve

E o papel se pinta

 

A caneta esqueça

O papel se refaz

Agora a mente pede:

Venha, paz...

 

Luana Jenifer

Imagem: Google


sexta-feira, 11 de julho de 2014

Reminiscências de outra Copa



Em meio ao clima da atual copa, não pude deixar de lembrar de outra, ocorrida não lembro exatamente o ano, só recordo que era jovem e também ficava deslumbrada com os jogadores especialmente os bonitões. Quando o Brasil ficou campeão, acho que foi na Suécia, e o capitão do time brasileiro, Bellini ergueu a taça e a foto dele apareceu em todos os jornais e revistas, ele mexeu com a minha emoção e coração de adolescente.
Fiquei encantada e queria de alguma maneira demonstrar minha admiração por ele e como não havia facebook naquele  tempo, escrevi uma carta e aguardei com ansiedade a resposta. E para minha surpresa e alegria, após um tempo,ela veio e até uma foto assinada por ele. Infelizmente, na minha mudança para o apartamento, não as encontrei mais, mas ainda estão bem vivas em minha lembrança e resolvi compartilhar esta experiência.

      

Terezinha Brandenburger
Imagem: Google

domingo, 6 de julho de 2014

As Cores de Cada Estação



 

A primeira vez que pintei uma paisagem nevada senti frio…

Abandonei aquele quadro!

Prefiro os trópicos o SOL intenso e escaldante...

Porém refleti...

Cada estação do ano tem sua beleza e seu colorido!

Do Sol radiante do verão ao gélido vento do inverno...

Ao colorido harmonioso primaveril,

Ao dourado tapete de folhas de plátano outonal...

São estes os matizes tonalizados pelo CRIADOR!

 

 

Eloísa S. Moura

Imagem: Google