sábado, 30 de maio de 2015

A flor

                    
... E a flor abriu.
Exalou perfume.

Vieram as abelhas.
Os beija-flores.

Foram-se.

Veio o homem.
Quis dar-lhe honra.

Tirou-a de seu jardim.
Colocou-a num vaso.

A flor... de dor...
murchou.

O homem, de ira, a pisou.




(Poema publicado na coletânea “VOZES DE HOJE”, p. 113, editada pela Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos (ALVALES), Novo Hamburgo, RS, 1998.)

Liti Belinha Rheinheimer





sexta-feira, 22 de maio de 2015

Em dose dupla



Dia Internacional da Paz
  
Algo tão intrínseco,
tão profundo,
seria paz constante
por todo o mundo.
Seria natural
Até banal,
Se o homem não fosse tão brutal!



Recomeço

Parece que se fez eterna noite,
brumas, névoas, escuridão....
Parece que só o vento é o açoite,
ranger, sofrer, vergar em vão.
Mas como sempre existe esperança,
mesmo com tropeço,
Volta o sol, a luz, a paz, o recomeço.

Renate Gigel
Imagem: Google

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Magia!



Terra santa!
Terra encanto!
 Minha Terra!
 Nossa Terra !

Itaimbezinho
Pedra Aparada,
Araucárias,
Águas que cantam,
Brincam,
Falam,
Dançam...
Arco – Íris!

A geada muito branca,
Muito fria
Exerce encanto,
Magia...
Com esmero,
Enfeita a terra,
O verde,
A pedra,
Maravilhando a gente!


Neste Rio Grande tão rico
Quero estar naquela pedra...
E lá poder gritar,
Ecoando minha voz:
-Sou gaúcha!

Rio Grande
É Terra,
Eco,
Pedra,
Água,
Gente do planalto Gigante!


Nícias Dória
Imagem: Google



quarta-feira, 6 de maio de 2015

Bem simples


Pegue sua mãe pela mão, leva-a até a praça
Somente ria, faça-a sentir graça
Você vai ver como é bom
Fazer sua mãe feliz, bem simples,
Vocês duas ali na praça.





Mãe dos anéis, carretéis, pastéis
Mães das agulhas, fagulhas, tertúlias
Mãe do tudo ou nada, ou...mas que danada!
Mãe da poltrona, janela ou na praça
Mãe em estado de graça, com garra e raça.
Já falei de todas as  mães?
Ou quem sabe me faltou alguma?
Mas que coisa mais “careta”
Faltou esta aqui das letras...
Para elas todo o mel, açúcar, ou melhor...
Sombra com  água doce e mil amores!

Máyra S. L
Imagem: Google

sexta-feira, 1 de maio de 2015

E o tempo não passa

Tela: Cândido Portinari

 Em meio a paus e pedras,
Tanto escravo já trabalhou.
Lutaram e morreram,
Buscando as riquezas
Escondidas em nosso chão.
Pois agora já não são
Os paus e as pedras
É o concreto e o asfalto
Onde o povo é escravizado
Iludido pelo progresso
Que o capitalismo (desvairado)
Traz por bem ou mal.
Refletindo nas famílias, nos lares.
E os pobres a suar,
O mesmo suor do antigo escravo,
Hoje chamado,
Trabalhador!



Luana Jenifer