sexta-feira, 31 de julho de 2015

Vou lhe procurar



Quando você chorar, sangrar, e a ninguém encontrar...
Vou lhe procurar
Quando você pensar estar só, abandonada, perdida...
Extraviada, esquecida por todos, banida...
Seu rosto, sua face com lágrimas sofridas...
Sim, eu vou lhe procurar...
Vou lhe achar, lhe abraçar e dizer:
"Que bom, encontrei você!"
Sairemos juntas, lado a lado, abraçadas
Amasiadas, entrelaçadas, dando mangas ao panos...
Deixem todos falar...
Quando lhe encontrar, vou provar o meu amor,
Os sentimentos queridos, puros, cristalinos
Que confortam aos amigos, aqueles mesmos que outrora
Nos tiravam do abismo.
Sim vou lhe amar, feliz, gentil, num amor febril.
Com rezas, promessas, miçangas e terços
Torcida forte, para que ninguém macule
Este amor de amigos, algo jamais entendido
Entre seres banais, carnais, plurais
Que somos nós, seres mundiais!
Os mesmos seres fulanos de tais!!

Máyra S. L. 
Imagem:Google

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Desejo



A palavra desejo leva a tantos pensamentos...
Desejo de ter, de ser, de poder!
Pode levar à vingança ou à bonança.
Traz ,entrelinhas, sabor de vontades,
Volúpias, romances.
Também alimenta disputas,
Acompanha conquistas,
Faz querer até  ser altruísta.
Mas, neste momento,
Meu desejo é outro,
Forte, 
Muito além da própria morte.
Tão intenso, que como diria em criança,
"Mais grande, mais maior, mais enorme",
 IMENSO!
Meu desejo é sentir teu beijo,
Ouvir tua voz,
Esquecer a dor atroz.
Poder estreitar-te e sentir teu abraço,
Lembrar do teu doce regaço.
Da cotidiana espera, para o café,
Do papo singelo, consolo até!
Tão meigas lembranças.
Suspiro saudades, tua mão em minhas tranças!
Tão vasta  memória, tão doce  história.
Como tantas, acabou.
Mas o desejo voltou !
O desejo de reverenciar neste momento de louvor,
Mãe, minha referência, meu porto seguro,
meu tudo,em todas as vidas,meu reduto de amor.



                                                                     Renate Gigel
Imagem: Google

sábado, 4 de julho de 2015

Destino: o Infinito


Amadureci, enfim amadureci.

Incrível essa sensação de constatar que o cordão umbilical que te unia à imaturidade se rompeu.


Enfim, consegui quebrar as algemas invisíveis, que fazemos real, com nossos medos e inseguranças.


Você vai acatando ordens, deixando-se levar pelas outras pessoas e esquece da sua própria identidade. Suas digitais, ficam borradas, não te identificam.


Que liberdade, que segurança você passa a sentir, quando rompe o último elo das correntes que arrastava, quando deixa de lado as bengalas, às quais se agarrou a vida toda.
As ordens nos foram todas dadas, as lições estão todas "na ponta da língua", agora você é o senhor de seus passos, você cria as regras, você está no comando.


E as amarras se desfazem, o barco desliza tranquilo e você pode gritar, com a força que puder, cantar o canto que quiser, escolher qual a roupa usar e a que hora dormir, qual será a cor de seu cabelo e a marca de seu creme dental.

Você sabe que amadureceu quando a solidão não mais te assusta, quando se torna sua melhor companhia, quando se basta! 

Você não precisa mais de algazarras, o silêncio é o teu som favorito.


Tua felicidade não depende de nada externo, tudo que te faz bem, está dentro de ti.


Acordei tarde? 


Sim, muito tarde...


Mas acordei.


Rompi o lacre e emergi. A gaiola ficou pequena para mim.
Não dá mais para rastejar, só quero alçar voo 
e não terei mais limite de altura.


O infinito me espera!


Aida   Pietzarka
Imagem: Google