sábado, 4 de julho de 2015

Destino: o Infinito


Amadureci, enfim amadureci.

Incrível essa sensação de constatar que o cordão umbilical que te unia à imaturidade se rompeu.


Enfim, consegui quebrar as algemas invisíveis, que fazemos real, com nossos medos e inseguranças.


Você vai acatando ordens, deixando-se levar pelas outras pessoas e esquece da sua própria identidade. Suas digitais, ficam borradas, não te identificam.


Que liberdade, que segurança você passa a sentir, quando rompe o último elo das correntes que arrastava, quando deixa de lado as bengalas, às quais se agarrou a vida toda.
As ordens nos foram todas dadas, as lições estão todas "na ponta da língua", agora você é o senhor de seus passos, você cria as regras, você está no comando.


E as amarras se desfazem, o barco desliza tranquilo e você pode gritar, com a força que puder, cantar o canto que quiser, escolher qual a roupa usar e a que hora dormir, qual será a cor de seu cabelo e a marca de seu creme dental.

Você sabe que amadureceu quando a solidão não mais te assusta, quando se torna sua melhor companhia, quando se basta! 

Você não precisa mais de algazarras, o silêncio é o teu som favorito.


Tua felicidade não depende de nada externo, tudo que te faz bem, está dentro de ti.


Acordei tarde? 


Sim, muito tarde...


Mas acordei.


Rompi o lacre e emergi. A gaiola ficou pequena para mim.
Não dá mais para rastejar, só quero alçar voo 
e não terei mais limite de altura.


O infinito me espera!


Aida   Pietzarka
Imagem: Google 

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