terça-feira, 30 de outubro de 2012

Catch 22


Teu amor
é como arma de fogo em riste.
Pente de balas cheio,
engatilhado
pronto para queimar.
Tiro e queda,
feito lança
dardo
flecha
arma de fogo
pronta para disparar,
lançando-me no ar feito projétil.
Arma raiada
letal
armadilha
arsenal em beijos, abraços, jogos, ritmos e compassos
quando te encontro nas nossas horas mortas
perigos estes tão esperados, tão desejados
quando tu, tirana,
malvada
plena em abusos devassos
meus lábios aos teus prendes
e me rodopias
em pulseiras, brincos, anéis e cheiros raros.
Dona e sábia de mim
apressa-me o coração
instiga-me o instinto
turva-me a mente
para que eu possa delirar em frêmitos suspiros,
fazer-me enfim puxar o gatilho
mais rapidamente e em estampidos secos qual a corrida das queimadas,
fazer com que minha morte se por inteiro, impiedosamente,
pois não basta o castigo, o sacrifício da promessa do frio da morte
entre os vãos do teu corpo.
Louca
perigosa
intrigante
para fazer-me merecer o paraíso,
fazes-me padecer alvo em teu fogo cruzado
puro purgatório
tiro de misericórdia
prenúncio da minha morte anunciada e desejada,
quando amá-la é muito mais do que simplesmente viver.


Jussara Petry

Imagem: Google

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Arautos da Natureza


Adormecida a beleza,
como que por encantos embalada,
se espreguiça, lânguida,
Parece em deleite,
sabe-se esperada...

Em áridas terras
o primeiro sinal
é verde, pujante,
é vida, afinal!

Por gelo coberta,
o sol a faz despertar.
Ressurgem  frágeis,
a nos acenar...

Suaves aromas se espalham,
delicadas pétalas a desdobrar.
Rosáceas, alvas, farfalham
à brisa,  em murmúrios cantar.

Primavera,
Nova era,
Que encanta!
Os sentidos aguça,
Sonhos acalanta!
Renascer...

Renate Gigle

Imagem: Google

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Vivências


Momentos de profunda emoção
São sempre vividos,
Em frente à janela de um berçário,
Onde ansiosos familiares estão.

Quando o bebê aparece,
Os corações disparam,
E contidas lágrimas descem.

Flores, mimos e bênçãos
São por ele recebidos,
Neste pequeno santuário,
Onde recebe total atenção.

Esta criança desconhece,
O quão feliz é,
Quem com muito afeto cresce.


Terezinha  Brandenburger
Imagem: Google
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Professor

























Pelos caminhos que ladrilhaste com a sabedoria,
Passaram especiais mentes que o mundo acolheu,
Preciosidades que cintilam sem parar.
Paciente na sua obra interminável,
Paladino na defesa do bem e da ventura,
Professor incansável das noites insones,
Peça-chave (desvalorizada) da grandeza de um país.


Mardilê Friedrich Fabre
Consulesa Poetas Del MundoSão Leopoldo –
Autora do Portal CEN

Imagem: Google

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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Criança


Um dia eu pensei escrever um poema
Com o tema: Criança.
Cuidei uma rima perfeita pra ela
E achei a mais bela: a palavra esperança!

Vi a plantinha, tão frágil, brotando.
O rio cantando na pura nascente...
E senti, de repente... Não é o futuro,
Não é o futuro. É o tempo presente.

Que espera da gente pra ser esperança!
E o jeito é agora... O tempo não espera...
Nem volta, jamais, a mesma primavera.

Criança é a fonte correndo sonora,
É a plantinha crescendo com graça e beleza,
É a natureza pulsando fora...
Criança é o dia, no esplendor da aurora!



Zulma de Bem

Imagem: Google

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domingo, 7 de outubro de 2012

Dia da Criança


Com que seriedade me encaram aqueles olhos verdes!
Com que profundidade parecem pesquisar nos meus se alcançam meus pensamentos e se a sintonia se estabelece com a mesma força que emana das palavras daquela boquinha doce.
É como se fosse a decisão de uma tomada de posição muito importante, muito séria, sem dúvida naquele momento.
- “ Vou ganhar presente do Dia da Criança?”
Que coração de avó não se agita com um questionamento tão sério?
Como dar uma solução satisfatória a este impasse, sem ferir tão belos sonhos ou tirar o brilho desse momento lindo da infância, onde essa mistura de ingênua expectativa e a brejeirice da conquista disputam a atenção?
É encantador, quando se pergunta:
-Qual é tua sugestão para a Oma te dar de presente?
E aí vem mais um momento crítico, pois o objeto nomeado não faz parte do dia a dia das avós, pelo menos  desta, que precisa, então, pedir maiores detalhes.
Prontamente se acha uma solução, bastando ter lápis e papel. As mãozinhas, mais hábeis do que se possa imaginar, passam a desenhar os referidos objetos de desejo e, quanto mais detalhes exigem, maior a concentração, expressa naquele rostinho rosado pela empolgação de não perder um detalhe  sequer .
Pronto, surge a primeira figura e a devida explicação:
- Estás, vendo, Oma? É um coelhinho, uma pista e várias coisas que vêm junto para ele fazer uma corrida. E, presta atenção, que ele tem uma rodinha na pata traseira (devidamente identificada por uma seta e uma roda”grifada”, para não deixar dúvidas.)
Vendo a complexidade, a avó se permite a pergunta:
-Mas será muito caro?
Prontamente se encontra uma alternativa.
_ Oma, tem alguns que não têm pista.Custa barato, viu? Oh! Vou desenhar os outros dois pra ti. Espera, preciso virar o papel...Pronto! Este é um cachorro, todo branquinho, só tem uma mancha perto do olhinho, aqui, tá vendo? É meu favorito. Se não tiver dinheiro que chega no teu cofre pode ser um castor, com rabo lanudo.
E as mãozinhas continuam desenhando mais dois possíveis presentes, com muita habilidade e riqueza de detalhes, não dando oportunidade a erros de identificação.
- Mas se não puder ser um desses presentes, não irias gostar de outra coisa, doces, enfeites...
- Oma, não viu meus desenhos?
-Vi, sim!
- Então não deu pra ver que estou colecionando animais robóticos?
Diante de tanta lógica, é lógico comprar o cão “robótico, de rodinha” e mancha preta no olhinho!
E não diga que é coisa de avó, é pura lógica, afinal é Dia da Criança!



Renate Gigel

Imagem: Google

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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A Malícia da Mulher

Sonhadora, dengosa, cheia de manhas.
Astuta faz cativos desde a mais tenra idade.
Caminha com graça, ondulando as cadeiras.
Movendo o corpo por completo com magia,
Com uma enorme aura de feminilidade,
Provocando o imaginário masculino.
Sabe que passa malícia e sensualidade!
Gingando tal dança imaginária com naturalidade,
Às vezes doce outra, travessa,
Mas sempre mostrando força com sutilidade.
Tem mnha, astúcia, malícia e  esperteza.
É inteligente e ardilosa, mas com muita habilidade.
Confiante transmite elegância e firmeza,
De uma forma natural em qualquer idade.
Sabe sorrir e chorar conforme a necessidade.
Quem nunca caiu aos pés deste espécime da humanidade?
Não importa se mãe, irmã, esposa ou namorada.
Todas formosas e encantadoras.
Todas necessárias!
Todas mulheres!

Maria Inês Daudt
Imagem: Google
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