sexta-feira, 7 de julho de 2017

TER MÃE



Não, você não leu errado. O título está correto. Não é SER MÃE, é TER MÃE, mesmo.

Observo as atitudes da minha filha e vejo que muitas coisas que ela faz, é porque tem mãe. Não no comportamento, mas nas atividades do dia a dia.

Ela lava a louça e não limpa o fogão, pois sabe que TEM MÃE e esta virá finalizar a tarefa, limpando o fogão e secando melhor a pia.

Ela lava a louça e não tira os farelos da mesa, porque sabe que a mãe virá fazer isso mais tarde.

Ela coloca as roupas no varal e não se importa de recolhê-las, pois sabe que a mãe fará isso por ela. Mesmo não recolhendo, as roupas se dobram sozinhas e vão parar, misteriosamente, sobre sua cama.

Ela “esquece” o calçado na sala e, mais tarde, misteriosamente, ele aparece em seu quarto.

Ela dorme descoberta, pois sabe que se esfriar durante a noite, “surgirá” um cobertor para aquecê-la.

Poxa! Que maravilha é TER MÃE!

Quisera que elas fossem eternas!

Queria ter a minha para sempre!

Ter mãe, é “ter as costas quentes”, precisar se preocupar apenas com a metade do problema, saber que se você não der conta, a mãe estará lá para segurar a barra.

Bom seria se pudéssemos ter o cuidado e a proteção da mãe em todos os momentos, mas a vida real não nos permite isso.

Lá fora, não nos é permitido levar a mãe, como acessório básico, item de série, para ser usado em caso de emergência. Lá fora, temos que finalizar a tarefa, fazer o serviço completo.

Por isso, use com moderação, conte com o auxílio da mãe em pequenas porções, doses homeopáticas, para não se sentir órfã quando ele lhe faltar.

Aida Pietzarka

Imagem: Viviane Freitas



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