Não, você não leu errado. O título está correto. Não é
SER MÃE, é TER MÃE, mesmo.
Observo as atitudes da minha filha e vejo que muitas
coisas que ela faz, é porque tem mãe. Não no comportamento, mas nas atividades
do dia a dia.
Ela lava a louça e não limpa o fogão, pois sabe que TEM
MÃE e esta virá finalizar a tarefa, limpando o fogão e secando melhor a pia.
Ela lava a louça e não tira os farelos da mesa, porque
sabe que a mãe virá fazer isso mais tarde.
Ela coloca as roupas no varal e não se importa de
recolhê-las, pois sabe que a mãe fará isso por ela. Mesmo não recolhendo, as
roupas se dobram sozinhas e vão parar, misteriosamente, sobre sua cama.
Ela “esquece” o calçado na sala e, mais tarde,
misteriosamente, ele aparece em seu quarto.
Ela dorme descoberta, pois sabe que se esfriar durante a
noite, “surgirá” um cobertor para aquecê-la.
Poxa! Que maravilha é TER MÃE!
Quisera que elas fossem eternas!
Queria ter a minha para sempre!
Ter mãe, é “ter as costas quentes”, precisar se preocupar
apenas com a metade do problema, saber que se você não der conta, a mãe estará
lá para segurar a barra.
Bom seria se pudéssemos ter o cuidado e a proteção da mãe
em todos os momentos, mas a vida real não nos permite isso.
Lá fora, não nos é permitido levar a mãe, como acessório
básico, item de série, para ser usado em caso de emergência. Lá fora, temos que
finalizar a tarefa, fazer o serviço completo.
Por isso, use com moderação, conte com o auxílio da mãe
em pequenas porções, doses homeopáticas, para não se sentir órfã quando ele lhe
faltar.
Aida Pietzarka
Imagem: Viviane Freitas
Adorável crônica Aida! um privilégio ler-te, abraço de admiração e carinho
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