Às vezes
se aparta de mim a inspiração!
Deixo meus
sonhos no tempo dispersos;
Perco meus
versos na agrura das eras...
Fica tapera
o rancho coração!
Mas, vem
habitá-lo, de novo, a utopia
E, nas
invernias de tempos adversos,
Campeio meus
versos; minha alma não cansa
De ter
esperança que ela volte um dia!
O tempo
não tem tempo de prosear com a vida;
Vai na
corrida, feito estouro de boiada...
E, na hostil cruzada, pisoteia a gente!
Ternura anda
ausente, não há mais lirismo!
Ante ao abismo
do desânimo e impotência,
Peço clemência à musa da poesia!
Zulma de Bem
Imagem: Google
Simplesmente maravilhoso Zulma, você trouxe palavras para alguns anseios meus! Estes três versos definem bem aqueles momentos em que parece que entramos em um vazio, sem horizonte, até reencontramos nossa divindade Poesia! Amei amiga!!!
ResponderExcluir"Às vezes se aparta de mim a inspiração!
Deixo meus sonhos no tempo dispersos;
Perco meus versos na agrura das eras..."
Simplesmente divina esta poesia, Ternura anda ausente, grande verdade ! Nesta selva de pedra onde vivemos esquecemos de demonstrar carinho, afeto... Tudo passa rápido e ficamos a olhar com complacência a vida se esvaindo, sem ter coragem de falar e demonstrar nossos sentimentos de amor, gratidão...Enfim, tanta coisa que alegra um coração... Marindia
ResponderExcluirProfundo e envolvente.
ResponderExcluirParabéns, querida amiga.
Renate