quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Noite de Natal


 

O Natal estava se aproximando. Papai Noel precisava entregar os brinquedos que as crianças esperavam ansiosamente.
 
Na noite de 24 de dezembro, milhares de estrelas de vários tamanhos cintilavam no céu. Entre elas havia uma pequena estrela com sua luz muito fraca, quase apagada, ela estava triste e solitária.
 
Admirando as suas companheiras, pensava:
“Um dia também serei grande e terei o mesmo brilho.”
 
Não muito distante dali, num cantinho do céu, Papai Noel arrumava o seu trenó. Era hora de distribuir os presentes. Mas surge um pequeno problema, a lanterna do trenó estava estragada. Como iria iluminar o caminho?
 
Pensou, pensou, olhou para todos os lados ah! encontrou a solução.
 
Chamou a pequena estrela e lhe disse:
“Vai à frente do meu trenó iluminando o caminho.”
 
“Eu? Mas sou muito pequena e quase sem brilho,” disse a estrela.
 
Papai Noel olhando-a respondeu:
 
“As estrelas grandes e com muito brilho não me servem, porque o caminho ficaria claro demais. Tu o iluminarás, com a tua tímida luz e as crianças não perceberão que estou chegando.”
 
A pequena estrela sorriu e seu coração bateu mais forte, já não estava triste, nem sozinha, seria útil ao Papai Noel.
 
Naquele instante, ela entendeu que não é necessário ser grande e brilhante, pois, mesmo pequena e quase sem brilho, tem sua utilidade e além do mais, ela, no futuro, certamente, iluminará intensamente uma Noite de Natal.
 
Marly Leiria
Imagem: Google
 
Editado em 2010 na Antologia Caminhos Literários, do Centro Literário de São Leopoldo. Organizadora: Mardilê Friedrich Fabre. Editora Oikos Ltda.
 


 
 
 

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