O Natal estava se aproximando. Papai Noel precisava entregar
os brinquedos que as crianças esperavam ansiosamente.
Na noite de 24 de dezembro, milhares de estrelas de vários
tamanhos cintilavam no céu. Entre elas havia uma pequena estrela com sua luz
muito fraca, quase apagada, ela estava triste e solitária.
Admirando as suas companheiras, pensava:
“Um dia também serei grande e terei o mesmo brilho.”
Não muito distante dali, num cantinho do céu, Papai Noel arrumava o seu
trenó. Era hora de distribuir os presentes. Mas surge um pequeno problema, a
lanterna do trenó estava estragada. Como iria iluminar o caminho?
Pensou, pensou, olhou para todos os lados ah! encontrou a solução.
Chamou a pequena estrela e lhe disse:
“Vai à frente do meu trenó iluminando o caminho.”
“Eu? Mas sou muito pequena e quase sem brilho,” disse a estrela.
Papai Noel olhando-a respondeu:
“As estrelas grandes e com muito brilho não me servem, porque o caminho
ficaria claro demais. Tu o iluminarás, com a tua tímida luz e as crianças não
perceberão que estou chegando.”
A pequena estrela sorriu e seu coração bateu mais forte, já não estava
triste, nem sozinha, seria útil ao Papai Noel.
Naquele instante, ela entendeu que não é necessário ser grande e
brilhante, pois, mesmo pequena e quase sem brilho, tem sua utilidade e além do
mais, ela, no futuro, certamente, iluminará intensamente uma
Noite de Natal.
Marly
Leiria
Imagem:
Google
Editado em 2010 na Antologia Caminhos
Literários, do Centro Literário de São Leopoldo. Organizadora: Mardilê
Friedrich Fabre. Editora Oikos Ltda.
Muito bom, Marly. Profundo, comovente!
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