Por
incrível que pareça, não desapareceu minha criança.
Penso em
estrelas e na árvore de Natal com os enfeites simples de maçãs e
biscoitos que fazia com minha mãe e que podia comer um pouco a cada dia, até
Dia de Reis.
Meus
filhos também tiveram esta experiência, só adaptada ao Natal de verão
brasileiro. Depois de 60 anos, comprando alguns doces natalinos, vi
que também descobriram o encanto de fazer chocolates para enfeitar
o pinheiro, o que me leva de volta às recordações. Nossos bombons
eram colocados em forminhas e ficavam um pouco no umbral da janela cheia de
neve, para endurecer, para depois serem embalados em brilhante papel laminado.
Ficavam lindos à luz das pequenas velas que eram acesas, envolvendo todos e tudo em névoas de paz. Traz
sabores, cheiros e amores de toda uma vida. Minha expectativa, geralmente
frustrada, de que todos vão vibrar com seus presentes, volta cada ano, sempre
renovada e a esperança de saúde, realizações ainda a alcançar, (e quem sabe?) viver
plenamente, preenche meu Natal! Nunca coloquei sapatinho na janela, mas tenho
fé e alegria na espera de renovação!
O Menino
Deus vive fazendo companhia à minha menina interior, no doce encantamento
de luzes e emoções.
Feliz Natal!
Renate Gigel
Imagem: Google
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