sábado, 19 de maio de 2012

Meu Outono







































Faz-se outono em minha vida,
diz minha certidão,
e desperta sabor de despedida.

Faz-se outono em meu rosto,
diz meu espelho,
que desgosto!

Outono em meus ossos,
meu corpo,
em descompassos!

Mas a janela de meus olhos,
com o brilho de um novo sol,
vislumbram novo arrebol.

Ao virar, avista a estrada trilhada,
" -Quanta experiência!"
descubro, deslumbrada.

Hoje, como em qualquer outro momento,
pulsa a vida,
Agita o ser, perpassa tempo e vento!

Que seria de mim, se outrora,
em franca primavera estacionasse?
Não teria outono, sequer aurora.

Renate Gigel

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Um comentário:

  1. Lindo, Renate. Tem tantas verdades expostas e ocultas,mas não concordo que faça-se outono em teu rosto. Bjs

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