Não
lembro de muitas, pois acho que fui das bem comportadas. Porém esta que vou
contar, acontecia quase que diariamente. Colher frutas verdes no quintal dos
meus avós tornou-se um vício do qual não consegui livrar-me.
Ele
era enorme e comunicava-se pelos fundos com a nossa casa. Quando as frutas
começavam a amarelar, aí é que a tentação era mais forte. A hora. era após o
almoço, quando minha avó estava sesteando.Lá ia eu, à cata das primeiras
bergamotas, que eram as minhas preferidas mesmo com o “perfume” que elas
exalam. Às vezes, minha avó interrompia a sua soneca, para pegar-me em
flagrante e lá vinham as queixas para meu pai, mas mesmo assim, eu não
desistia.
E
ainda hoje não me arrependo desta travessura, pois adoro comer frutas e naquela
época, comer o que era proibido, tinha um sabor todo especial.
Terezinha
Brandenburger
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