“Ó meu belo
castelo,
Mata tira
tira rei,
O que vós
quereis,
Mata tira
tira rei”
Eu quero por
um instante
Reviver a
minha infância,
O meu tempo
de criança
Que longe se
vai.
Sair
correndo cabelos ao vento,
Pés
descalços pisando a grama molhada
Colher
mexericas e amoras
Sem saber aonde iria chegar.
Curtir um
momento de encantamento
Preencher o
meu ser com aquele viver
De correria,
de tanta energia e euforia
Que existia naqueles guris e gurias.
“Cai cai
balão, cai cai balão, na rua de sabão”.
Fazer roda
ao redor da fogueira
Acordar São
João cantando
E pulando ao
som dos rojões
Fazer sorte,
fincar bananeira
E sonhar com
o futuro na luz dos balões.
"Terezinha de
Jesus, maravilhas no chapéu
Isto não são
maravilhas são estrelinhas do céu”.
O céu, o
luar, o verão, o mar
Da minha
infância na simplicidade
E até certo
ponto na ingenuidade,
Da criança
que já amava
E sonhava com
um futuro de esperança.
“Marcha
soldado cabeça de papel
Se não marcha direito, vai preso pro quartel”
Marcha,
menina, cabeça inteligente
Se não
marchar direito
No Natal não
tem presente.
Marcha,
menino, vai logo pro batente
Se não
marchar direito
Não vai ser
um presidente.
A vida é
maravilhosa
E também um
desafio
Desperta e
anda logo
Senão perde
o navio.
Quem não se lembra
da infância
Do seu tempo
de criança,
É casa sem
alicerce
É vida sem
esperança.
“A canoa
virou, por deixar ela virar
É por causa
da saudade,
Que eu me
pus a recordar.”
Eu sendo um
peixinho
e sabendo
poetar,
Mergulhei na
minha infância
Para a alma
renovar
revivendo
nas lembranças,
mil motivos
para amar
e nesta vida
continuar
Alda Leda Galhardi
Imagem: Google
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