sexta-feira, 24 de abril de 2015

Sobre as nuvens



Minha amiga diz
Que as nuvens são desenhos no céu!
Eu acho que são flocos de
Algodão doce,
Que o Criador colocou para
Ornamentar o firmamento,
E assim adoçar nossos momentos!

Eloísa S. Moura

Imagem: Google

quarta-feira, 22 de abril de 2015

O Retrato

                   
Foto: Acervo Terezinha Brandenburger

Ele é antigo e as pessoas que nele estão retradadas são de outra época. As roupas, os cabelos e até as poses, são de outro tempo. Para mim, ele tem grande significado, pois nele estão meus avós maternos, meus pais, tios e primos. Ele foi tirada num aniversário do meu avô na casa deles, em 1948 e o cenário ao fundo, são taquareiras que ficavam em frente à casa.

Tenho grande apreço por ele, pois traz à minha lembrança, os domingos maravilhosos que lá passamos, os encontros com os familiares que eram muitos, pois meus avós tiveram 13 filhos. Os almoços, as sobremesas, os cafés da tarde, as lavações das louças... era uma comilança sem fim e tudo feito em casa.

As matanças dos porcos, a hora da ordenha das vacas, o quintal repleto de árvores frutíferas, enfim um cem número de atrações que enchiam nossa infância de prazeres.  E o que mexe também comigo nesta foto, é que ela foi a minha primeira foto, já que naquele tempo não exista como hoje foto instantânea que,   graças à moderna tecnologia, já é tirada no útero materno, e os fotógrafos eram poucos e as fotos caras.

Porém se tivesse que escolher, optaria por uma infância com poucas fotos, mas bem vivida, como foi a minha.


Terezinha Brandenburger

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Falando aberto



Veja bem, aos poucos você me vai reconhecer.
Minha fala, tristeza n’alma...você  vai compreender.
Nasci forte, cabelos ao vento, flores, frutos me circundavam,
Sempre assim, assim mesmo, todos me viam, crescer...
Cada galho, ramo ou folha, tudo me fazia crer
Se estou aqui, algo bom vai acontecer
Cresci alto, centenária fama, ramas verdes,
Às vezes baixa, mas sempre no encalço de uma boa sombra oferecer
Me balançava, oferecendo galhos para aves, seres 
Ou simplesmente me sentir viva, me sentir parte do amanhecer.
Sou agora inerte, indefesa e gemo nas machadadas...
Igual fincadas, como se fosse um coração morrer.
Dizimada, quebrada, morta estou, gemendo, vem me socorrer.
Quero saber, me diga agora, quando foi assinado este contrato de morte?
Onde foi que eu assinei?
Assim cruel, você pensa que pode me destruir
Cruel engano, quem morre é você.
Me diga agora, você nem sente saudades daquelas tardes amadas,
Onde ríamos abraçadas, quando no seu balanço eu servia de
Braços para simplesmente.... abraçar você?
Nem sei se a dor é mais forte, no machado que corta
Ou na indiferença, desacato pleno, desleixo de um povo...
Hoje nem reconheço você.
Como pode suplicar por vida, se a sua vida você mata por prazer?
Quando os manguezais, o lixo nas encostas, desmatamento em série
Tudo isto nem o comove.  Como entender você?
Sou  incapaz, sou sua refém, sou impedida de viver.
Quando vai me socorrer? Será quem sabe quando você inerte,
Jaz  no leito, arrependida...de que adianta esse   seu sofrer?
Me salva agora, mudando a sorte, impeça queimadas,  desmatamentos,
Desastres na mata, enrascadas, encurralada
Dizimando assim nossa amada bicharada...
Agora eu controlo você.

Máyra S. L.
Imagem: Google


quinta-feira, 9 de abril de 2015

O Rio



Às vezes, de águas mansas,
Outras, turbulentas.
Sempre corre para o mar
eu em percurso,
Encontra pedras, pontes e canais.
Muda seu perfil e atravessa cidades.
Arroios e riachos o abastecem,
Branqueia suas águas e tinge-se de marrom,
Conforme o que nele é depositado.
Morada de seres aquáticos,
Fornece rico alimento para muitos,
Fonte de vida interminável,
Necessita de conscientização coletiva urgente!
Vamos Ajudar a salvar NOSSOS rios,

Enquanto houver tempo!

Terezinha Brandenburger 
Imagem: Google 

sábado, 4 de abril de 2015

Tempo


Tempo
                            
O relógio,
A ampulheta,
O sol.
O dia,
A noite,
O coração.
Todos ritmos do tempo, sem compaixão.





Tempo Perdido

Como é difícil definir
quando a incerteza se instala.
O porquê e o será se revezam,
Inibem a clareza, geram dúvidas, abala...
A busca por respostas, 
O acertar o caminho percorrido,
Criam sentimento de culpa pelo tempo perdido.



Renate Gigel
Imagens: Google