quarta-feira, 14 de maio de 2014

A Casa




É estranho acompanhar o esvaziamento da casa, que por tanto tempo compartilhamos com nossa família.

Foram-se as filhas, uma após outra, até ficarem os quartos silenciosos. Os ambientes tornaram-se nostálgicos e cheios de ecos. Pelos cantos, solidão e pelo ar cheiros de reminiscências.

É hora de partir também. Sobra espaço, as pernas já pedem menos escadas e a decisão é tomada. E começam os preparativos. Por todos os lados, caixas espalhadas. Nas paredes, a falta dos quadros, entristece.

Cada dia, somem mais objetos, parece que um vendaval passou por ali. Pela memória, mil lembranças circulam, dos tempos idos, das alegrias vividas, dos momentos sofridos.

Mas como tudo em nossa vida tem um começo, um meio e um fim, atravessaremos com dificuldade esta fase, mas, com certeza, nos adaptaremos à nova.

 Terezinha Brandenburger
Imagem: Google 


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