É estranho
acompanhar o esvaziamento da casa, que por tanto tempo compartilhamos com nossa
família.
Foram-se as
filhas, uma após outra, até ficarem os quartos silenciosos. Os ambientes
tornaram-se nostálgicos e cheios de ecos. Pelos cantos, solidão e pelo ar
cheiros de reminiscências.
É hora de
partir também. Sobra espaço, as pernas já pedem menos escadas e a decisão é tomada.
E começam os preparativos. Por todos os lados, caixas espalhadas. Nas paredes,
a falta dos quadros, entristece.
Cada dia,
somem mais objetos, parece que um vendaval passou por ali. Pela memória, mil
lembranças circulam, dos tempos idos, das alegrias vividas, dos momentos
sofridos.
Mas como
tudo em nossa vida tem um começo, um meio e um fim, atravessaremos com dificuldade
esta fase, mas, com certeza, nos adaptaremos à nova.
Terezinha Brandenburger
Imagem: Google
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