quinta-feira, 18 de julho de 2013

Poema sem Nexo



Mais do que simples saudades,
o que deixaste foram pedaços de existência
que, mesmo incineradas, se erguerão
e me farão lembrar de ti a cada instante.

Fico a contemplar este céu plúmbeo,
(É só como consigo vê-lo após tua partida),
tentando encontrá-lo
em cada ponto saliente que nele brilha
e que meus olhos,
ofuscados pelas lágrimas,
não conseguem distinguir.

Ah! Desejos insanos.
Ver-te, seria
a maior dádiva a mim concedida.
Mesmo que em sonho,
mas melhor em vida.

Vem, vem novamente.
Não penses no que eu pudesse pedir ou negar.
Não deixes nada influenciar.
Vem preencher esse vazio
e cultivar essa aridez
para que ela volte a fecundar
este amor que teima em brotar.
Vem, eu te quero.


Aida Pietzarka
Imagem: Google

Nenhum comentário:

Postar um comentário