quinta-feira, 11 de julho de 2013

ASAS PARTIDAS (Acinte à liberdade)

Quando te olho e te vejo com olhos despidos da minha porção mulher, vislumbro lampejos de alma eterna e de juventude descomprometida de tempo e de espaço em tuas atitudes, teu semblante, teu riso e em teu siso;
Te vejo galante
Guerreiro e jamais mutante afugentado das dores de viver.
Representarás para mim sempre o doce pássaro da juventude que o peregrino carrega consigo em sua gaiola de asas de prata escancarada, mas, que dentro às vezes teima ficar...
Pássaro de plumas raras, coloridas e leves
Forjadas em fibras de aço.
Movido a ímpetos de paixão e emoção,
criando novos enredos
ensaiando novas danças...
Te vejo um doce pássaro da juventude, pleno
E, não um mero pássaro de asas tosadas
Que, apesar de tê-las,
não mais ousa voar.

Jussara Petry

Imagem: Google

Um comentário:

  1. Dores da vida e asas que não ousam voar...
    Coisas que me chamaram atenção nesse belíssimo texto.
    Porque dói tanto viver?
    Quando eu era criança, a vida era liberdade e asas estendidas, vida alegre e sem limites.
    O tempo passa, impiedoso...
    A vida adulta é cheia de regras e limites duros. Acaba a liberdade.
    Ganhamos alegrias diferentes, família, trabalho, amigos...
    Mas nunca mais ganhamos nossas asas abertas e fortes, aptas a voar.
    Viver é bom, mas não é indolor.

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