Quando te olho e te vejo com olhos despidos da minha porção mulher, vislumbro lampejos de alma eterna e de juventude descomprometida de tempo e de espaço em tuas atitudes, teu semblante, teu riso e em teu siso;
Te vejo galante
Guerreiro e jamais mutante afugentado das dores de viver.
Representarás para mim sempre o doce pássaro da juventude que o peregrino carrega consigo em sua gaiola de asas de prata escancarada, mas, que lá dentro às vezes teima ficar...
Pássaro de plumas raras, coloridas e leves
Forjadas em fibras de aço.
Movido a ímpetos de paixão e emoção,
criando novos enredos
ensaiando novas danças...
Te vejo um doce pássaro da juventude, pleno
E, não um mero pássaro de asas tosadas
Que, apesar de tê-las,
Já não mais ousa voar.
Jussara Petry
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