domingo, 28 de abril de 2013

O Solo e a Chuva

                                            























O solo espera ardentemente pela chuva
Como o príncipe encantado espera pela sua amada.
E a chuva se faz necessária para o solo,
Como necessário se faz o amor entre dois seres
Para o crescimento, evolução, integração
E a divina troca do dar-se e receber.

E assim a vida se faz
Como o solo espera ansioso pela chuva,
Também o ser humano aguarda a chegada do seu amor
O precioso momento deste encontro.

O amor e o carinho que embalamos
Para receber este que tanto aguardamos
Com a suavidade que nosso ser se prepara,
Pode ser comparado com a espera do solo pela chuva.

Sejamos gratos à vida, ao amor, ao solo, à chuva,
Que nos dão este belo exemplo de sapiência
E que fazem parte do despertar de nossa existência.

Alda Leda Galhardi
Imagem: Google

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Tributo a Abril


Para mim,
Abril poderia ser um mês sem fim
Pois seus dias costumam ser de grande beleza
                                                     e harmonia.
                        As manhãs de abril são amenas,
                               As tardes esplendorosas
                                  E as noites, muito agradáveis.
                    
                       O outono se anuncia!
Os pomares ficam coloridos com seus caquizeiros
laranjeiras amarelando e adocicando seus frutos.
E enquanto as folhas caem, os sentimentos brotam..

Terezinha Brandenburger

Imagem: Google

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Pulo pra cá, pulo pra lá...




                              História em Itabira, terra de
                                    
      
 
 
                                                  Carlos Drummond de Andrade

Diário de Bordo:
 Dia 4 de abril de 2013.
Aeroporto Salgado  Filho -  Porto Alegre.


Eram amigos,
Nem todos ainda,
Mas partiram juntos, rumo a Minas...
Que bela seleta, que gente animada,
Na saída nem tanto, mas depois, pela  estrada ...
...Nem te  conto...

Prá não fazer feio, teve gauchada:
E a mala da Jane, cadê?
Foi  sequestrada !!!!!!!!!!!!!
E agora, e a festa???? e a roupa  ?????
Só emprestada!
Que bom que tinha,
De bom coração,
A amiga, a tia, a turma, os “irmãos”.
E lá pelas tantas, querendo chegar,
Surge a pergunta: ”E o hotel, onde será?”
Um diz à direita, quem sabe, vamos dobrar!
Mas , vem tiro certo, depois de se perguntar:
“Afiná, é no hotel ou no sumitério que oceis vão ficar?”
Tá, certo, amigo. Obrigado por ajudar.
Chegamos! Descemos!Enfim, breve  lar.
Cidade brejeira, povo gentil...
Espera aí, nem  tanto...
E o cara da foto “Pode esquecer ,que não vou tirar!”
E a dona do elevador “Ele é automático, não precisa apertar!”
E o motorista  que agita e grita:
“Vai por lá, sô, que dá prá passar!”
Serão da terrinha ou turistas  de lá?

Detalhes apenas, nada prá se arreiar.
Olhando em volta, vamos passear....
Ruelas, lombadas, lojinhas  e bar.
“Bar do come em pé” ué.
Então, moçada, vamos comprar!
Sem   Shopping, pois é,
Nem dá prá acreditar.
Mas,  mesmo assim, compraram lembranças
E, pasmem! levaram presentes: brusas,
Brusas de listinhas, bem  diferentes.

E pula prá cá e pula prá lá
Ao longo de quatro dias,
A grande descoberta prá se ficar:
Padaria da família Pires
Pra comer (muiiiito) e conversar.

No dia seguinte, já formado pelotão,
Uníssono e uniforme,
Rumo  ao desconhecido, animados,
Eles  vão.
Quanta beleza!
A Praça da Maria Fumaça,
O memorial, com vista global,
Minas, minério e seu capital.
O Pico do Amor ( com nefastos efeitos colaterais!!!!!Paixões desenfreadas ressuscitadas)
Carlos Drummond de  Andrade, reverenciado
E sua obra, sugada com olhos e  alma, para sempre assimilada
 

 Olha o efeito do Pico do Amor


O pontal, sua casa,
 a represa,a história contada por muros, portas e paredes.
Lustres, bancos e treliças
Invadem de curiosa saudade de algo que parece ter vida eternizada.
E seguem, passam por ruas calçadas com o que a terra tem de riqueza:
Minério de ferro.
Usado, em quantidade, utilidade e beleza.
É a subsistência do lugar, onde parece que a  tranquilidade
Está seu povo a embalar.

Povo falante, de riso solto,
Caixinhas de surpresa,
Singeleza no aspecto
-Que tal Adamastor, o motorista?
De pensamentos ricos,
Determinados e nada revoltos.
Ama sua terra, sua gente e cresce em pensar diferente.

E finalmente o grande dia!
Nossa! que correria!
Até a mala chegou. Que alegria!
Roupas, cabelos...aí, perdição!
Foi aí a vez do meu “papelão”
“Seu nome, senhora?”-
-“Sim, o quê? Meu nome? Um instante...
Como pude esquecer!?
“Gurias, meu  nome, podem me dizer?”
E todos, mas todos, de rir a morrer.

À noite, enfim, todos alinhados,
Lindos, vestidos e perfumados.
E a ansiedade, nossa!
Eis o táxi, finalmente,
Todos acomodados.
Rumo à festa !
Nossa! olhem s ó que entrada!
Bem linda,  florida, solene e arrojada,
Música, luzes e  performance  elaborada.
O burburinho é geral,
A alegria total.
Muitos homenageados,
Muitos convidados.
Solenes presenças, ilustres autoridades.
E lá vão os agraciados receber seus troféus,
Alguns pisando em nuvens do céu!
Não sem antes terem ouvido a leitura de seus currículos,
Onde entre vários paradoxos quebrados,  graduados em
piscologia  e grandes esposas arroladas,
finalmente chegou a vez da nossa estrela iluminada.

“Eis na passarela a escritora Mardilê Fabre, de São Leopoldo/RS,
Encantadora  no seu vestido rosé, plena de juventude eterna no olhar e no sorrir.”
Nossa  premiada e  seu troféu “ Cecília Meireles”.
 ( a estauta ! assim batizada)

Brindamos,taças a tilintar!
Café na saída,
 quase novo dia a raiar..........
Sem mais, encerramos após longo baile e inúmeros clicks e flashs, o evento que nos fez vir do Rio Grande para as Minas Gerais, encontrar a certeza de que amigos e amizade, antiga ou recente, pode se tornar eterna.

Então, de volta minha gente!
Não  esqueçam  de fazer marketing literário, viu?
E se por acaso não encontrar o sanitário do aeroporto, é só perguntar
Onde fica.
“Pa cá tem, pa cá tem  e pa lá também, uai!”


Beijos e obrigada!!!
Muito aprendi, especialmente com a lição de vida que vem acompanhada dos  sorrisos de batalhas vencidas  e sonhos a realizar ,independente da idade de cada um.


 Renate/ Itabira/ 2013

Renate Gigel

sábado, 13 de abril de 2013

Outono

 
 
Foi num Domingo de sol enquanto íamos para a serra, num mês de abril, que eu descobri o outono.
Ao contemplar a paisagem pela janela do carro, comecei perceber que o sol tinha uma luz diferente, mais tarde senti que tinha, também, um calor diferente.
Até aquele momento eu gostava do verão por causa do calor, férias, praia e da primavera porque era um pré-verão que ainda nos brindava com muitas flores e uma profusão de cheiros.
Mas como eu havia deixado o outono passar despercebido?
Vocês já pararam para observar a luz do sol no outono? Ela é diferente, é a luz que eu vejo nos quadros do Monet, é uma luz cheia de mistérios, faz-me lembrar filme antigo, foto preto e branco, um final de tarde no campo.
E o calor, então, ele não queima, não arde, ele aquece, é um calor de aconchego, de início de namoro, um calor de primeiro beijo, com gosto de pitanga madura.
É no outono que podemos nos lambuzar comendo fruta do conde, podemos pintar um quadro cheio de luz, ou apenas passear abraçados no friozinho do final da tarde.
Aproveitem, saiam pra a rua, vão até a praça descobrir o outono, ainda dá tempo.
 
Aida Pietzarka
 
Imagem Google
 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Outono da Vida


No entardecer de minha vida,
Vejo o quanto  tenho à agradecer.
Pela infância feliz e amparada,
Só tenho a agradecer.

Pelo companheiro dedicado,
Pela família constituída,
Pelo trabalho realizado,
Pela dor, pela alegria.

Pelos lugares visitados,
Pelo sofrimento, que só me fez crescer
Pelos amigos conquistados,
Pela alegria em poder viver.

E para compensar:
O frescor de minha vida se despedindo,
As rugas em meu rosto se acentuando
E a memória às vezes falhando,
Ainda sinto um forte desejo,
De cantar, dançar, escrever,
Cozinhar para minha família,
Curtir as velhas e fazer novas amizades
 Enfim,  desfrutar cada minuto da vida,
Pois cada momento desperdiçado,
Jamais será recuperado!

Terezinha Brandenburger
Imagem: Google