Naquela
sala ,aquele piano, sempre teve para ele um significado especial, nele, quem
sabe além te tocar, compôs algumas de suas partituras e ouviu pianistas famosos
tocando, já que a música, era uma de suas paixões. Agora, com um retrato seu
sobre este piano, o artista parece observar suas telas e o ambiente que tanto
amava. Suas lembranças voltam ao passado e com humildade que sempre o norteou,
recorda, a trajetória e a luta para transformar esta casa num museu.
Foram muitas reuniões, acertos desacordos, até
o final das negociações. E agora, já repousando para sempre, ele olha para tudo
de cima do piano, em paz, pois cumpriu sua missão, deixando para sua cidade,
sua obra magnífica retratada em seus quadros, contando histórias, mostrando sua
arte.
A
emoção toma conta de mim cada vez que neste ambiente me encontro por razões
sentimentais, pois cursei neste prédio a escola primária e foi neste período
que tive as melhores professoras, que elogiavam minhas redações e diziam que eu
sabia ler com boa entonação de voz e lembro-me de um fato curioso que aconteceu
quando da “formatura” da escola primária, fui escolhida para ler o discurso” e
na hora fiquei muda e tiveram que dar-me um chá para acalmar-me. Também, anos
mais tarde, fiz meu estágio neste mesmo grupo escolar.
Juntando
minhas lembranças com o quanto nunca me canso de contemplar os quadros do nosso
eterno artista Ernesto Frederico Scheffel, tive a inspiração para escrever este
texto.
Terezinha Brandenburger
Imagem:www.jornalnh.com.br
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