Assim como grandes amores murcham e fenecem, pequenos amores podem se desenvolver e tornarem-se grandes.
É possível apaixonar-se quando o relacionamento deveria estar terminando?
Tudo em minha vida é atípico, fora de série.
Depois de tantos anos de convívio, descubro-me apaixonada por ti.
Primeiro foi estranho, demorei um pouco a entender a situação.
Me vi envolvida por sentimentos desconhecidos entre nós.
De repente as outras pessoas perderam a importância, sumiram, e a única coisa que importava era a tua presença.
Queria trancar a porta do quarto e te deixar do lado de dentro.
Apenas nós dois, sem hora para sair.
Nem no início foi assim. Naquela época, te achava pouco interessante, precisava complementar tua presença com a companhia de outras pessoas.
Eram poucos os encantos nos nossos momentos a dois.
As lembranças eram quase nulas de bons momentos que tenhamos tido a sós.
Havia um grande vazio a ser preenchido.
Fui colocando tanta coisa nesse vácuo, mas nada o preenchia.
Faltava um grande amor!
Por vezes pensei que teria de buscá-lo fora, mas tinha esperança de alguma mudança.
Então tu foste amadurecendo e agigantando-se, ocupando minha mente, meu coração e meus desejos.
E não havia mais espaço, tudo estava tomado, e eu estava dominada, sem reação, apaixonada.
Nos demos a oportunidade de termos nossa "lua-de-mel" depois de quase trinta anos, num final de semana na serra; agora eu já tinha uma boa lembrança para guardar.
Quero começar a colecioná-las!
Me assusta um pouco essa dependência, essa constatação de que é só tu que eu quero,
que é só ao teu lado que quero estar, que é por ti que quero me apaixonar.
Falta-me a motivação, se tu não me dás atenção,
perde-se o brilho, sem a tua presença.
Me toma toda só para ti.
Me invade, me preenche,
me possui e me basta.
Estou desarmada, entregue.
Minha alma agora te pertence.
Finalmente sou tua.
Beijos
Aida
Aida Pietzarka
Imagem: Google
Lindo Aida! Abraços...
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