Besouros batem contra a janela.
A luz bruxuleia lá fora.
É ele. O cio.
A temperatura está em cio.
O tempo está prenhe da evaporação das águas.
A terra bebe as lágrimas das nuvens
e manda-as para o mar.
Os rios são o sangue do mar,
as veias que fluem para ele.
A terra é escrava do mar,
eternamente fechada por todos os lados.
Quem falou em liberdade,
se até o mar e a terra
são escravos um do outro?
Eternamente enamorados,
eternamente ligados,
eternamente independentes,
eternamente acasalados.
O rio que corre possesso para o mar,
pobre rio,
não sabe que é veia do mar.
Liti
Belinha Rheinheimer
Imagem:
Google
Muito bom!
ResponderExcluirLindo para iniciar meu dia de hoje
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