sábado, 30 de novembro de 2013

Aeroportos


 
                A espera para novos horizontes,

                Acolhe passageiros de diferentes países,

                Agradável, para os amantes de viagens

                Assustador para os claustrofóbicos,

                Agonia nos atrasos dos voos,

                 Ancoradouro para chegadas e partidas,

                Aproxima povos e nações.   
 
Terezinha Brandenburger
Imagem: Google

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Um Olhar na Rua


 

Olhando a rua, me sinto nua

O silêncio é tristeza crua.

Não há passantes nem transeuntes...

Se ao menos tivesse lua.

 

Olhando a lua me sinto nua,

Despida, vazia...

Se ao menos as árvores

Estivessem seminuas

 

Ao olhar a rua, fiquei a pensar

E a rua nua a observar

Se ao menos, tivesse lua.

 

Olhando a rua, eu me sinto nua

Num imenso vazio, e essa tristeza crua...

Que bom que aparecesse a lua!

 

Alda Leda Galhardi

sábado, 16 de novembro de 2013

Injustiça


 


Uma moça esperava o seu voo no aeroporto e resolveu comprar um pacote de biscoitos. Sentou-se para descansar, ler um pouco e comer os biscoitos.


 Ao lado dela, sentou-se um homem. Quando a jovem pegou o primeiro biscoito, o homem também pegou um biscoito. Ela se sentiu indignada, pois nem havia oferecido biscoito àquele desconhecido. Mas nada falou. A cada biscoito que ela pegava, o homem também fazia o mesmo. Aquilo deixava a jovem tão indignada que nem conseguia reagir. Por fim, restava apenas um biscoito, e ela pensou: “Que será que esse abusado vai fazer agora?”


 Então, o homem dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela.


 O desconhecido homem, por várias vezes, tentou olhar nos olhos da jovem, mas eram tentativas frustrantes, ela nem sequer dirigia-lhe o olhar. Ficou indignada, irada e bufando de raiva, levantou-se daquele banco e dirigiu-se ao embarque.
 
Já no interior do avião, ela notou que o seu pacote de biscoito estava dentro da sua bolsa. Distraída, ela mesma o havia colocado e, por coincidência, era o mesmo biscoito que o homem havia comprado. Foi ela quem comeu os biscoitos do estranho. Sentiu muita vergonha de si mesma. Já de partida, nem teve tempo para desculpar-se.


O estranho homem dividiu seus biscoitos sem se sentir indignado.


 Alguns partilham com mais facilidade, outros, com muitas dificuldades, como se fosse uma obrigação.


Somente para refletir.
 

Carmen Gomes

Imagem: Google

 

domingo, 10 de novembro de 2013

Fluss Haus


 

Traduzindo para nossa língua,
Quer dizer, ”Casa do Rio”,
Um lugar paradisíaco para visitar.
 
Um rio em cascata aquieta-se
Em frente à casa, onde coloridos peixes
Encantam adultos e crianças.
 
O jardim convida para um passeio
E entre plantas e flores,
Respira-se harmonia e perfume.
 
No interior, pessoas em trajes típicos,
Combinam com o estilo alemão
Dos acolhedores ambientes.
 
A apetitosa mesa dos comes
Iguala-se a de um banquete
E impossível é de tudo provar.
 
Aos homens agrada
O Marreco assado
As mulheres repetem o Toucinho Doce.
 
A boutique dos doces,
Faltam-me palavras para descrevê-la,
O melhor é conhecê-la.
 
Este recanto tão primoroso
Situa-se num verdejante vale,
No distrito de Vargem do Cedro,
Em São Martinho, Santa Catarina.

 

Terezinha Brandenburger
Imagens: Google

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Desalento


 

Passam pelos pensamentos,
pelo coração,
mil coisas,
alegrias,
ansiedades,
conquistas,
decepção.
 
Parece inocente criança
que busca alcançar a luz,
que se alegra,
faceira com tudo,
nem percebe, ingênua,
o que o outro induz.
 
 
De cada pequena vitória
emana forte emoção.
Quer partilhar,
agregar, dividir,
festejar o sucesso
e se sente irmão.
 
Tantas buscas,
noites perdidas,
tentativas,
experiências sofridas.
Tanta agonia,
esperanças por sucesso,
acertos e alegrias.
 
Por quem?
Para quem?
Prá si, não!
Seu amor vai além!
 
Lamenta...
Há quem fique aquém,
Que olhe gelado,
ou lábio encrespado,
com mágoa ou irado,
transforme o bem
num mal planejado.
 
E chora,
encolhida,
não entendida,
no estreito da mente,
orando, temente, 
ser revigorada!
 
A vida continua
e as flechas marcadas
a fogo e facão,
traçam,  na alma,
sulcos de dor,
e sugerem perdão.
 
Será que há outra solução?
 
 
Renate Gigel

Imagem: Google