quinta-feira, 27 de junho de 2013

Nuances

Presta atenção em tudo irmão
O mundo não muda não.
É Sol, é poluição
É o carro do ano, é a sensação...
Em tudo isso, está a tentação
De acompanhar, de maltratar.
Hoje está assim,
Amanhã assado...
Mas nós vamos esta
Linha mudar.
Vamos terminar com a exploração
E começar a transformar...
Quem sabe...
Amanhã tudo vai estar
Legal
E se possa olhar o céu
Sem poluição...

Eloisa S. Moura
Imagem: Google 


domingo, 23 de junho de 2013

Eternidade



Quando te encontrei,  passei acreditar que ainda poderia haver vida nessa dimensão, existia novamente a possibilidade de ser feliz.
 
 
Quando te vi, tive a certeza que havia encontrado minha outra metade a qual eu buscava por toda a eternidade, vida após vida.
 
Quando te encontrei, vi novamente a luz, acreditei novamente em anjos, aqueci novamente meu peito com a chama ardente do amor.
 
 
Mas novamente estaríamos em momentos diferentes e nossas almas não poderiam se fundir.
 
Quantas vidas ainda vagarei em busca da outra parte do meu eu, até encontrá-la no momento certo do equinócio onde nos uniremos e seremos uma só para toda eternidade?
 
 
Aida Pietzarka
 
Imagem: Google

terça-feira, 18 de junho de 2013

Sempre é tempo


Sempre é tempo de recomeçar,
De buscar, de renovar
De mergulhar pra dentro de si
E juntar o que ainda resta da caminhada:
As pedras, os altos muros e as emboscadas,
Que se apresentam na nossa existência,
Juntar tudo e como num passo de mágica,
Transformá-los em RE- CO- ME-ÇO.

O que passou, a água levou,
Sumiu no fim da trilha,
Levantar, erguer-se, renovar.
Buscar no alto o que é do alto,
Vida nova, cara nova.

Alegria, alegria, como diz a música,
Mesmo que às vezes, no cantar a voz embarga,
A vida se mostra linda e maravilhosa.
Saudável e digna de ser vivida.
Novo tempo, nova vida,
Vamos à vida!
Viva a vida!         

Alda Leda Galhardi
Imagem: Google

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O amor que sonhei

           


Houve um tempo em que pensei haver encontrado o amor que sonhei; o homem com quem eu queria compartilhar a minha vida; aquele com quem eu  trocaria confidências, dividiria preocupações, sonhos, alegrias... e um ajudaria o outro a se tornar uma pessoa melhor... e juntos, superaríamos erros e limitações, perdoando-nos mutuamente...e cresceríamos mais no amor a cada dia...e formaríamos uma linda família!

           Mas foi apenas sonho... ficção... fantasia... Na vida real, salvo exceções, (graças a Deus, elas existem) o sentimento de posse, confundido com amor, faz com que o outro seja tratado como um objeto de valor ou como um bichinho de estimação, cujo dono pretende dispor a seu bel prazer.

             Como é possível que se escolha por amor, alguém que queremos como companheiro(a) de uma vida, e ao mesmo tempo, tratá-lo(a) como a um ser incapaz, sem vontade própria; sem discernimento... É possível que se ame um robô, programado para agir exatamente como queremos e desativá-lo quando não estamos precisando dele?

           Quando o egoísmo não permite que respeitemos a individualidade do outro, é porque o amor foi confundido com outro sentimento... A paixão é avassaladora como uma tempestade, mas vai embora, deixando rastros de destruição. O amor é como o sol que volta a brilhar mais forte depois que passam as nuvens escuras; é como o orvalho das manhãs, que se renova a cada dia, umedecendo a terra para que as flores não percam o seu viço, nem os frutos, o seu sabor!

             O tempo passou... Envelheci e me desencontrei do amor que sonhei! Entretanto, hoje, mais do que nunca, acredito que o amor na sua essência, é como aquele que sonhei. Fantasia... é esse sentimento, hoje tão desrespeitado. A palavra amor é tão banalizada, tão superficial, que basta qualquer contrariedade, qualquer acontecimento banal, para que tantos casamentos sejam destruídos, tantas famílias desestruturadas e tantos corações partidos.

        Então se diz: “O amor acabou!”

        Eu, porém, creio:...se acabou, não era amor.


Zulma de Bem

Imagem: Google

domingo, 9 de junho de 2013

Falando de amor

 

 

Você já pensou quantas maneiras de amar podemos encontrar?
 
Qual a linguagem  que usamos para expressar nosso afeto e como o expressamos?
 
Li que há uma diversidade de expressões de amar.É observando estes sinais que podemos identificar onde nos enquadramos ou onde podemos buscar informações de como é a linguagem do amor dos que nos rodeiam ou dos que convivem conosco.
 
Parece ser uma maneira de aprender a ver mais, de entender mais, de sofrer menos e de diminuir a vontade de moldar o outro a "nossa imagem e semelhança", transformando  o cobrar em compreender, o esperar em agir, o sofrer em viver melhor.
 
Entendi que há classes de expressar o amor: pelo tocar, pelo falar, pelo servir, pelo presentear e pela qualidade do conviver.
O que ama pelo toque não passa  muito tempo sem acarinhar, passar a mão em seu cabelo, falar colocando a mão sobre sua mão. Até a voz procura você para acariciar!
 
Àquele que precisa falar que ama você nunca se cansará de lhe dizer "Como te amo!", nem deixará de sussurrar em seu ouvido eternas juras.
 
Se a forma de chegar a demonstrar todo seu afeto se enquadrar na necessidade de servir, sempre haverá disponibilidade em ajudar, sempre haverá favores a serem feitos até os não solicitados, numa eterna constante de atenção para com que ama.
 
Quando dar presentes simboliza a expressão de amar, prepare-se para constantes surpresas. Flores, pequenos mimos e grandes surpresas fazem feliz  a quem dá, talvez com mais prazer do que quem recebe.
 
Temos, ainda, o que preza companhia. Não aquela companhia de corpo presente! Tem que ser uma presença consciente, ativa e de qualidade para justificar o tamanho do sentimento que dedica aos seus amados.
E nós também nos enquadramos nessa classificação!
 
Amamos dentro da mesma classificação e sofremos "por amor" quando esperamos que o outro nos ame da mesma maneira que nós...
Mas será que não ama?
Será menos intenso que o nosso sentimento?
Será que o outro sabe como é nossa maneira de amar?
 
Detalhes do dia a dia e da nossa observação nos darão uma visão tão diferente do que geralmente  imaginamos!
 
Nossa busca, às vezes, está em distonia com o que a nossa expectativa  sugere.
Quem sabe somos muito mais amados do que imaginamos?
 
Aprendendo a ler esta linguagem de amar, consultando nossos próprios sentimentos, poderemos, quem sabe, sermos muito mais felizes porque também poderemos amar melhor!
 
Fala nosso corpo, nosso pensamento, penetra em nossos gestos e a linguagem das percepções   estabelecerá um novo diálogo, muito mais intenso, vibrante e feliz porque a certeza de ser amado e amar de maneira que o outro se sinta pleno, fará de nós pessoas completas.
 
 
Renate Gigel
 
 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Roda de chimarrão

Além de conservar a tradição,
A Roda de Chimarrão traz união,
Sacia a sede do corpo e molha a alma da gente.
              Ao sabor de um bom amargo,
              Os assuntos vão correndo...
              E enquanto a prosa anda solta,
              O humor vai melhorando.
Água quente e erva verde
Aquecem e dão energia,
E a cuia de mão em mão,
É igual a um toque de pele.
             Deus permita que eu possa
             Por muitos anos  ainda
             Tomar meu chimarrão,
             Espantando com ele a minha solidão.

Terezinha Brandenburger

Imagem: Google

domingo, 2 de junho de 2013

A valsa dos amantes

Por que brincas comigo?
Por que és tão cruel em relação aos meus sentimentos?
Faz-me rastejar, implorando tua atenção,
Enquanto ris, incólume, do meu desespero.

Me exponho, me dilacero
E finges que não me vês.
Entrego-te minha alma
E portas-te indiferente.

Nossas almas são gêmeas, 
Temporariamente afastadas nessa vida.
Mas chegará o tempo
De novamente se unirem
E dançarem eternamente a valsa dos amantes.



Aida Pietzarka

Imagem: Google