quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Sol de Maio


Na chuva calma, a natureza chorou de alegria!
O sol do novo dia,
Já vislumbrando na relva molhada.
Por ter sido regada,
Ficaria mais verde e com mais vida.
Que acolhida,
Ao abrir a janela, bem cedinho!
O canto dos passarinhos...
Que orquestra afinada para me encantar!
Lá no pomar,
As laranjas maduras, os caquizeiros...
Pelo terreiro,
Poças d’água, ao sol brilhando ...aqui...e...ali;
E um bem-te-vi,
Em uma delas, viu-se refletido;
Que divertido!
Curioso, ele se olhava...e saía...e voltava...
E alegrava
O coração de quem ama a natureza!
Coroando esta beleza,
A roseira querosas amarelas,
As mais belas,
Mostrou um botão se abrindo num dos galhos,
Uma pétala estendendo ao sol de maio!

Zulma de Bem

Imagem: Google


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Vida


É o balançar dos galhos,
É o vento.

É farfalhar de folhas,
É pensamento.

Correm, por entre os dedos,
Sopram pensamentos.

Olhos fechados,
Ouvir atento.

É o correr da vida,
Doce alento.
Renate Gigel

Imagem: Google

domingo, 19 de maio de 2013

Dê graças


Aí onde você está,
Como você está,
Aí do jeito que você está
E com o que você tem, dê graças.

Aí onde você vive,
 Aí onde você mora,
Aí onde você chora
E onde se demora, dê graças.

Dê graças onde está
De como está,
Do jeito que está
E o que você tem, dê graças.

Dê graças onde vive,
Onde mora,
Onde chora
E com quem você namora, dê graças.

Pois entre tantas desgraças,
Você possui a graça,
Por isso tudo,
Dê graças.

Alda Leda Galhardi
Imagem: Google

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Melissa

                               

                                             Mimada por toda a família,
                            Mel é a nossa princesinha!
                            Menina-mulher, graciosa e mimosa,
                            Mordisca tudo o que encontra,
                            Mexer em tudo, é um dos seus “hobbies”preferidos,
                            Migalhas no chão são iguarias para ela,
                            Mostra sua energia nas corridas que faz,
                            Mesmo tão sapeca, ela é um elo de união e amor em nossa família.
                                               

Terezinha Brandenburger

quinta-feira, 9 de maio de 2013

MÃE


 
Hoje, enquanto desempenhava algumas tarefas domésticas, fiquei conjeturando sobre os ciclos de nossa vida.

Há alguns anos atrás, com meus filhos pequenos, eu ainda me sentia muito insegura no papel de mãe, porque até ali, só o que eu sabia era ser filha. Até achava muito estranho quando as crianças me chamavam de mãe. - Mãe!... Mas onde estava a mãe? Parece que esse não era meu papel.

Será que minha mãe se sentiu assim algum dia? Pois desde que a conheci, ela já estava eternizada em seu papel de mãe.

Hoje, com meus filhos crescidos, já me acostumei com o lugar de mãe.
Concluí que são os filhos que nos conscientizam disso, com aquela insistência em nos chamar de mãe, com as exigências constantes da nossa atenção, nos abrigam a desempenhar o papel de mãe e de repente nos damos conta que estamos nos sentindo "a Mãe". Tal qual era a nossa mãe, com toda a paciência e sobrecarga que essa funçao nos sujeita.
Só dá uma pontadinha de insegurança ao pensar, agora que meus filhos são jovens,eu sou uma das colunas fortes do lar, sou ouvida,obedecida,eu que tenho as rédeas da situação, enfim, sou a personagem principal da minha história. Mas o implacável ciclo da vida nos golpeará com a realidade daqui a alguns anos quando começarem a nos dar somente papéis secundários, depois seremos apenas figurantes, até nos tirarem definitivamente de cena. Então será a vez da minha filha aprender a desempenhar o papel de mãe.
E aí, então, terá importância a forma como desempenhei meu papel. Se deixei bons exemplos quando fui mãe, se o lar que criei teve estrutura suficiente para minha prole usar como modelo quando criarem o lar deles.
Espero que o dia que eu for somente a lembrança da Mãe, ela seja boa, terna, exemplo...

Aida Pietzarka

Imagem: Google

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Lembranças


 Lembranças
Memoráveis obeliscos
de nossas vivências
em saudosas galhardias
inspiradas em influxos poéticos e místicos...
Dança acompanhada de canto
Doce fruto de raros momentos
requebrando em langor
rente aos nossos olhos,
quando a ausência não é mais do que uma mera palavra.
Algumas
com os olhos acariciarei
Outras
com as mãos afagarei
Outras tantas
acolherei por mais algum tempo ainda.
Das raras não me despedirei
A poucas direi adeus.
E, a grande vasta maioria,
guardarei em meu coração.
Todas relembrarei
quando a saudade insistir.
Sublimá-las-ei quando não mais me for permitido senti-las
Acalentá-las-ei quando em sua generosidade comigo restarem.
Vivenciá-las-ei enquanto assim ainda as merecer
E a nenhuma negarei...
Minha irrestrita saudade.


Jussara Petry

Imagem: Google

quarta-feira, 1 de maio de 2013

E agora?


A cada dia,
A cada instante,
O vento empurra:
“Adiante, adiante!”

A vida corre,
O tempo passa,
“Corre, corre!”
Vira fumaça...

E agora?
Para!
Vive, chora?
Ri e não apavora.

Ainda há tempo!
Renate Gigel
Imagem: Google