domingo, 31 de março de 2013

Crepúsculo

 
 
Nunca senti em nenhum momento,
minhas fohas  outonais ao vento...
 
Nem percebi que em cálidas tardes
murchavam minhas pétalas, em descarte.
 
O branco que ostento, inconsciente,
coroa o tempo, já tão presente...
 
Não é mais a aurora do olhar
mas sim, o crepúsculo a chegar.
 
Lúgubre, cinzento
como do outono o firmamento,
o meu outono está a me alcançar.
 
Lamento... 
Renate Gigel
 
Imagem: Google

quarta-feira, 27 de março de 2013

Esperança

 

Em meio a incertezas tantas,
Tantas angústias e atribulações,
Tomara, ó Deus, nesta Semana Santa,
O amor renasça, transformando os corações.

E transborde e se derrame sobre a terra,
Inundando de luz cada nação,
Transformando a ganância, a inveja, a guerra...
Em fraternidade e paz, num mundo irmão!

Se o açoite do egoísmo e do poder,
Leva ao Calvário, humilha e faz morrer
A tantos justos, tantos inocentes...

O poder do Amor Maior é transcendente.
Cristo venceu as trevas; sobre o mal, triunfou.
Aleluia! A esperança vive...O amor nos libertou!

Zulma de Bem

Imagem: Google



domingo, 24 de março de 2013

Outono

         























O verão se despede, e tudo parece recomeçar,
O silêncio retorna as praias, e as gaivotas, ao seu “habitat” natural,
O corre-corre volta a fazer parte do quotidiano das cidades,
Os quintais já estão mais coloridos com seus caquizeiros madurando,
O tempo de  Páscoa se aproxima, e a “marcela” já perfuma os caminhos
O outono se anuncia, e as folhas  já começam a dourar,
O frio chega “de mansinho”, e as noites pedem mais  “achego e aconchego” .      
                                                                                                                            Terezinha Brandenburger
Imagem: Google
                 
      
                                                                                                                             

quinta-feira, 21 de março de 2013

Outono


Vendo as árvores desfiguradas,
Suas folhas levadas pelo vento,
Eu sinto a dor que vem da natureza.

Eu sinto nela a nostalgia
De perder o frescor da primavera...
Ou, do verão, a exuberante beleza.

Talvez, porque me venha ao pensamento,
A estação que logo chega...
E me angustia pensar no frio inverno
Tão sem graça e sem quimera!

No outono da minha vida,
Os anos são folhas caídas,
Levadas pelo vento!

Zulma de Bem

Imagem: Google

domingo, 17 de março de 2013

Essas Mulheres


De sexo frágil são chamadas
E além de conquistadas e amadas
Adoram ser bajuladas.
Fortes sabem ser,
Quando tudo ao redor parece desmoronar
E em leoas se transformam
Para os seus proteger.
Com elegância e distinção,
Vestem do “jeans” ao “paetê”
E uma rendada combinação
Ou um macacão de serviço
Com seu jeito de ser combinam.
Inteligência e emoção
Sabem usar com precisão
E já conseguem assumir
Os mais altos postos de serviço.
E é uma lástima que algumas destas mulheres,
Às vezes, tão sensíveis e outras tão imprevisíveis,
Esquecem a sagrada missão que Deus lhes conferiu,
Já desde os templos bíblicos.  

Terezinha  Brandenburger
Imagem: Google

terça-feira, 12 de março de 2013

Momentos


Lembranças,
Momentos...

Felizes sorrisos,
Nascer de crianças,
Doces dores,
Alegres tormentos.

Contradições do sentir
Vida que passa,
Emoções... Sorrir...

Boca que chora,
Lágrima que ri,
Gosto que rola...
Em mim,
Em nós, em ti!

Momentos...

Renate Gigel
Imagem: Google

sexta-feira, 8 de março de 2013

O Avesso do Avesso

 
O avesso da dor,
a lágrima
O avesso da saudade,
a ausência
O avesso da noite,
o dia
O avesso do desejo a dois
o gozo solitário.
O avesso do amor,
ódio incontido.
Amor às avessas,
mascarado.
O avesso do avesso
quando meu coração oco
contrariado
bate fora do peito
à procura do teu
numa luta de vaivens
quando, às avessas,
brincas de avesso
do meu avesso
Na parte mais bonita de mim.


Jussara Petry

Imagem: Google

domingo, 3 de março de 2013

Adeus, velha senhora


                        
 Ode a uma árvore centenária que foi tombada.

Adeus, velha senhora!
Tombaste silenciosa, sem um gemido.
Digna como só pode alguém com mais de cem anos.
Ninguém ouviu o teu lamento.
Ninguém ouviu o teu protesto.

Cem anos olhaste para o céu.
Cem anos foste regada pelas chuvas,
balançada pelos ventos,
alimento e abrigo para pássaros e outros animais.

Cem anos deste sombra, folhas, galhos.
Húmus para adubar a terra deste.
Cem anos... silenciosa, pacífica, amiga.

Mais de cem anos para ficares do tamanho que estavas.
Por mais de cem anos todas as criaturas te respeitaram.
Os elementos: terra, água, ar, fogo, todos não te destruíram.

Que vermes malditos são esses
que em poucos minutos atoram árvores ao meio?
Que máquinas diabólicas
que em poucos minutos destroem vidas centenárias?

Ninguém ouviu o teu grito de desespero,
quando te machucaram.
Viram a seiva, o teu sangue, mas não entenderam.
Também não entenderam o teu murmúrio:
“Pai, perdoa, pois não sabem o que fazem”.

Adeus, velha senhora, adeus... e perdão!

Liti Belinha Rheinheimer

Imagem: Google.