Eu danço
Quando me faltas
Danço em pernas e braços
Balanço-me ao longo do corpo
Em ritmos de afetos passivos de indolência
Combinada
Passos aqui... Lá... Acolá
Danço e rodopio
Na tua melodia; no teu tempo
Suplico-te vontades, dispo-me das minhas vaidades
Vestidas de fantasias de puro feitiço pagão
E enredar-te em cores dos meus sete véus
À sensação e à luz de certa leveza divina
Só sou verdadeira quando danço
Nos momentos mais serenos de meu espírito desperto
Quando finjo dançar, sem movimento,
Fico indiferente feito estátua frente ao exuberante desatino dos amores
Ensandecidos
E finjo dançar ao som complacente do abandono
Ao jogo dos meus braços e pernas
Onde as paixões ficam apátridas e os afetos desatinam em farta benevolência Travessos e abusivos
Enquanto finjo dançar.
Jussara Petry
Imagem: Google
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