sábado, 30 de junho de 2012

O Sol de Inverno



Quando o sol de inverno
Me aquece e envolve,
Até penso em tirar as vestes,
Para que ele se achegue,
Em cada pedacinho de mim,
Penetre em meu mais íntimo,
Degele os meus pensamentos,
Que às vezes se transformam
Em pequenos tormentos,
Para que nada mais eu sinta e deseje
Que não seja,o prazer que me devolve,
Este gostoso sol de inverno.

Terezinha Brandenburger

Imagem: Google

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Partilha


O direito é dela.
O desejo é meu.
A presença é dela.
O pensamento é meu.
O sono é dela.
O sonho é meu.
O dever é para ela .
O prazer é para mim.
Os olhares são dela.
O coração é meu.
O convívio é dela.
A vida é minha.
O corpo é dela.
A  alma é minha.
O dia a dia é dela .      
 A eternidade é minha.  

Maria Inês Daudt

Imagem: Google
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sábado, 23 de junho de 2012

Sarau da Alvales com Olinda Alessandrini

No dia 21 de junho deste ano, na Galeria Ernesto Frederico Scheffel, às 20h, foi realizado o sarau da Alvales pela troca de gestão, com a participação da pianista Olinda Alessandrini, que interpretou um repertório de Chiquinha Gonzagada, cujas músicas foram entremeadas de textos de escritoras da Alvales (Terezinha Brandenburguer, Renate Gigel, Zulma de Bem, Marly Leiria, Dulce Pacheco, Jussara Petry, Aida Pietzarca, Carmen Gomes, Lidia Kehl e Verena Backes). Esteve presente o senhor Ernesto Frederico Scheffel, que apreciou sobremaneira o sarau, comentando que caberia fazer um por mês. Seguem fotos do evento.

Renate Gigle, Olinda Alessandrini, Jussara Petry

Olinda interpreta Chiquinha Gonzaga.

Renate agradece à pianista.

Renate Gigel e Olinda Alessandrini

Aida Pietzarka e Renate Gigel

Escritoras daAlvales

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Colcha de Retalhos

 

Eu passei muito tempo trançando minha colcha de retalhos,
mas, jamais dirias simplesmente olhando para minhas mãos.
Com tranças, cabelos e tecido torcido, emaranho fragmentos de mim mesma,
pedaços de outras pessoas.
Junto tranço mentiras, amor, e no fim, é difícil saber se algum deles me mantém mais quente do que os outros.
E, quando pronta, ergo a colcha apenas vulto e a observo entre os meus dedos.
Quando a afasto dos meus olhos parece mais azul ou com mais nós
do que eu lembrava ter.
Ao longe, ela sorri maliciosamente para mim e, às vezes, até parece um tanto amuada.
É quando me pergunto: é esta a minha colcha?
Tento não vê-la tão intensamente de uma só vez.
Viro-a rapidamente, e, por trás, ela chora como alguém quando perdido.
E, como todas as mentiras, amores e estórias, minha colcha é imperfeita.
Mas, eu poderia deitar-me sobre ela, dobrá-la na beira da minha cama
como enfeite em noites de fetiche e até usá-la como um abrigo em
noites frias e insípidas, cobrindo-me completamente como uma
tapeçaria de visões.

Jussara Petry

Imagem: Google

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sábado, 16 de junho de 2012

Pensar azul


...e me encontro em devaneio,
perdida entre o azul que não sei se é do mar,
do céu ou de meu pensamento...
sei que é envolvente,
profundo e ao mesmo tempo etéreo
como o sentimento que me chega,
plácido deslumbramento...
Renate Gigel
Imagem: Google
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quarta-feira, 13 de junho de 2012

O Bombom Solitário


Estavam faltando pão, algumas frutas e outras coisinhas. Era uma tarde ensolarada daquelas em que dá vontade de bater pernas e sentir o vento acariciando o rosto. O outono estava se despedindo, folhas de cores vibrantes e outras nem tanto davam aquele colorido característico desta época do ano. Véspera de Dia dos Namorados! Sofia resolveu dar um pulo no mercado, aquele que ela gostava. Tinha tudo. Pra quê caminhar mais? Estava tudo a mão, e, quem sabe, naquele dia poderia “pintar” um namorado. Há algum tempo estava à procura de um homem que preenchesse os requisitos por ela apontados como idéias. Necessariamente não precisava ser nenhum príncipe montado em seu cavalo branco nem tampouco um marajá coberto de ouro. Simplesmente um homem educado, agradável, romântico, correto, que gostasse de natureza, de dança, enfim para viver as coisas que a vida oferece. Fez suas compras, pagou no caixa e procurou um banco para sentar e arrumar a bol­as. O único banco disponível estava ocupado por um senhor. Pediu licença e sentou. Eis que o dito cavalheiro puxou conversa e lá pelas tantas a convidou para tomar um café. Por que não? Conversa vai conversa vem, ouviu entre muitos elogios e declarações, aquilo que ela buscava. Um namorado! Parecia tudo perfeito. Cada um ganhou um bombom e como ele não apreciava chocolate preto (só o branco) deu a ela o seu. Levou-a para casa, trocaram telefones, tudo perfeito. No outro dia, “Dias dos Namorados”, nada! Nenhum telefonema. À noite, Sofia em seu apartamento, saboreou o bombom solitário.


Pensamentos

O solVerena Backes
 Aquece vales e montanhas
Seu amor
Aquece meu coração

 No minuano cavalgo pelos céus do Rio Grande.


Verena Backes
 Escritora poeta e ativista cultural.
Imagem: Google
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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Amar-te é...

Mulher: Doce ternura
by Dorina Costras
Amar-te é simplesmente
Resistir ao amor comum
Repetitivo
Vulgar
Sem sentido
É resistir ao chamado
De vãs paixões e aos pecados da carne
É envolver-me nos paradoxos
Da tua existência
Sem receios
Sem ensaios
Sem rascunhos
Sem rabiscos
Amar-te é brindar teu nome
Beber-te; comemorar-te
Todos os dias
Todas as manhãs
Todas as tardes
Todas as noites
Quando de mim te ausentas
Quando deitas em outras camas
Sonhas e amanheces em outros braços
E, mesmo assim, recolher-te de volta ao meu aconchego
Antes que o dia aconteça
E olhar-me dentro dos teus olhos
Amar-te é fazer-te suficiente
Quando tudo me falta
Amar-te é pensar-te no escuro e saudar-te na luz
Amar-te é saber-te longe e mesmo assim manter-te perto
Amar-te é querer-te mais,
Além do imaginário e do possível
Amar-te é fazer-me tua sem que me peças
Amar-te é despojar-me perante ti
Desvendar-me de mistérios e segredos meus e revelar-me aos teus olhos, mãos, boca e desejos
Despudoradamente mulher
Amar-te é encurtar-te o caminho à alegria
É disfarçar-te a tristeza antes que ela te alcance
Amar-te é adivinhar teus pensamentos e dar-te o que sonhas
Sem que o peças pela segunda vez
Amar-te é esconder-te em meu abraço
Para proteger-te das agruras da vida
Amar-te é aceitar-te como és e querer-te único
Sem emendas
Sem retoques
Amar-te é querer-te tanto antes quanto depois
É enxergar-te sem tocar-te
imaginar-te e tornar-te realidade dos meus devaneios
De amante
Amar-te é
Amar em ti o teu pior
E acreditar-te o melhor
Amar-te
É fazer-te único entre tantos
Disponíveis
Possíveis
E desprezá-los mesmo na tua ausência
Amar-te é
Simplesmente amar-te
Um amor imenso
Maior que paixão explícita
Embebido em carinho irrestrito
Do princípio ao fim
Amar-te é aceitar-te insensatamente
Incondicionalmente
Despretensiosamente
Amar-te é resistir à dor
Que este amor possa ainda me impor
Amar-te é
Simplesmente

AMAR-TE POR NÓS DOIS

jbp©

Jussara Petry

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Olhos de Jade


Cabelos desobedientes
Esguio e elegante
Com lindos olhos de jade
Sabe despir o corpo amado
Com seu jeito irônico e reservado
Sem que um fio de cabelo seja tocado
De um jeito suave e delicado.
Às vezes doce,outras arrebatado.
Inteligente, astuto
Faz com que a seu lado
Uma hora não passe de um minuto.
Lindo espécime da raça
Desliza pela vida com graça.
Amando fazendo carinho
E por vontade Divina
Trilhando comigo o mesmo caminho.

Maria Inês Daudt

Imagem: Google

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terça-feira, 5 de junho de 2012

Exposição "As Faces de Maria" em Novo Hamburgo

Fotos da exposição AS FACES DE MARIA, no Espaço Albano Hartz - Calçadão Osvaldo Cruz - Novo Hamburgo. A mostra, que ficará aberta ao público de 04-06 a 16-06 , foi organizada  por RENATE GIGEL, presidente da Alvales, ANA ALICE GARTNER E IRANELCI PADILHA.




domingo, 3 de junho de 2012

Rosa Rubra





Percorre meu corpo,
Invade minha alma,
Suscita desejos,
Grita por calma...
Sufoca no anseio,
Cruel devaneio,
Frenesi,
Cheiro,
Beijo,
Choro,
Paixão.
Não!!!!!!!!!!!



Renate Gigel

Imagem: Google

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