quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

UMA ESTAMPA CAMPESINA


Destaca-se na paisagem, a velha figueira,
Frondosa, imponente, altaneira...

À sua sombra, a carreta descansa.
Num dos galhos há um balanço, feito com laço
E pelego, para o lazer das crianças.

Ao palanque, encilhado, está um pingo alazão.
No moirão da porteira, o incansável barreiro,
Construiu com esmero, seu ranchito de torrão.

No alto das árvores, voa a passarada,
Enquanto, na coxilha, o sol já se escoa;
E se derrama na lagoa como uma trilha dourada.

Na margem, a barranca que o tempo formou,
Contrastando com o verde que a chuva regou,
Reflete, nas águas, umas flores tão brancas...

Serena... uma garça, vem também se espelhar.
Que imagem tão bela... Que paz... Que harmonia!
Quem dera, eu tivesse o dom de pintar...

Mas o Pai lá do céu, com outro dom, me premia,
Presenteando-me com esta linda estampa!
Agradecida, recortei-a da Pampa e emoldurei de poesia!


Zulma de Bem

Imagem: Google

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